Fatos a lembrar sobre o aborto

FATOS A LEMBRAR SOBRE O ABORTO
Miguel Carqueija

De modo geral a ideologia abortista, linha de frente da cultura da morte, escamoteia ou ignora fatos relevantes sobre o assunto e utiliza largamente subterfúgios. Pretendo aqui apenas respigar alguns pontos sobre o assunto.
— Não é só mulher que faz aborto, homem também faz e, na maioria das vezes, é mais culpado que a gestante. Em geral uma mulher não aborta sozinha: tem toda uma “equipe” participando: familiares, amigos, médicos e enfermeiros. Na maioria, homens. Em cada aborto, se formos verificar, veremos que há mais homens envolvidos que mulheres.
— Fala-se em “direito da mulher” e que “a mulher deve decidir sobre o próprio corpo”. Mas já foi explicado milhões de vezes que não se trata do corpo da gestante; o nascituro é outro corpo, com seu próprio DNA, um corpo que se alimenta e cresce mas já está identificado pela Ciência como um ser humano perfeitamente individualizado.
— A maioria das mulheres é contrária ao feticídio e muitas são membros ativos da militância pró-vida, inclusive diversas que um dia abortaram e depois se arrependeram profundamente.
— Aqueles que mal-aconselham e que induzem e até coagem a gestante a abortar, depois a abandonam entregue á sua própria sorte, à terrível “síndrome pós-aborto”, o remorso que provocará depressão, esquizofrenia, tendência ao suicídio. Muitas só se libertaram porque foram iluminadas pela luz da Fé, confessaram e se arrependeram, pois não há pecado que Deus não perdoe, se houver sincero arrependimento. Mas, a síndrome pós-aborto não se curará com psiquiatras: eles não podem apagar que um homicídio covarde foi praticado.
— Não se trata de questão somente religiosa como alguns pretendem. Os ateus também têm obrigação de ser contra o aborto porque têm obrigação de ser contra o homicídio, ainda mais contra bebês.
— Legalizar o abortamento não acaba com as clínicas clandestinas, visto que muitas pessoas (mulheres e homens que participam) evitam recorrer a hospitais legalizados para manter o ato em segredo. Afinal, é vergonhoso abortar; a procura ampla por abortórios clandestinos em países onde o aborto é livre demonstra isso; não sou eu quem o diz.
— Coisas tenebrosas cercam a indústria do aborto. O Dr. Bernard Nathanson, que em tempos foi o “Rei do Aborto” nos Estados Unidos, quando resolveu estudar Embriologia caiu em si e descobriu ser ele, médico, um assassino que comandou o assassinato de milhares de bebês. Arrependido, tornou-se um campeão pró-vida, e não era homem religioso. Só bem depois tornou-se católico.
— Esse mesmo Dr. Bernard Nathanson, no documentário “O grito silencioso”, afirmou que após a legalização do feticídio nos EUA as clínicas especializadas começaram a se multiplicar em redes e cada vez mais foram caindo nas mãos do “crime sindicalizado” (ou seja, gangsters).
— Li certa vez num livro sobre o assunto este caso: numa cidade de Minas, uma jovem engravidara do namorado (não se distingue hoje namorado de amante; muitos são machistas escancarados e gostam de se aproveitar das mulheres e das meninas, porém nem sonham em assumir paternidade) e resolvera abortar. Foi ao abortório da cidade. Na sala de espera sentiu-se mal e falou com a atendente. Esta indicou-lhe o banheiro. Lá a jovem estranhou uma massa numa vasilha ou gamela. Ao retornar perguntou à atendente o que era aquilo e a mulher respondeu: “É o que vão tirar de você” (sic).
— E o que fazem com “aquilo”?
A mulher chamou-a à janela e mostrou, no pátio, um cão de fila:
— Nós damos para ele comer...
Horrorizada, a garota recuou, desistiu de abortar e preferiu deixar sua criança viver.
Nos anos 70 os jornalistas ingleses Michael Litchfield e Susan Kentish pesquisaram a realidade dos abortórios de Londres, já legalizados. E descobriram (como narrado no livro “Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra”) que era comum, nas salas de espera de tais lugares, a presença de literatura nazista, tipo “O sonho de Hitler”.

Muito mais poderia ser dito. O aborto é uma monstruosidade e por isso mesmo acompanhado de comportamentos monstruosos.

Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2018.


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