SUGERI A ALTERNATIVA DE UMA COOPERATIVA DA N.O.B.

No auge da pressão para tirar o Trem do Pantanal e Cerrado, demitir os trabalhadores, entregar a empresa. Elaborei uma modesta carta ao Governo Federal e sugeri que o governo permitisse a organização de uma Cooperativa de todos os servidores e até mesmo aposentados da ferrovia interessados em participar do processo, buscarìamos parceria com empresas de fora do país, talvez japão ou Alemanha,onde existe grande acumulo tecnológico e, tenho certeza que conseguirìamos parcerias boas e preservarìamos a empresa, os trens e o emprego do pessoal.

Existem os Engenheiros ferroviários da F.A.E.F, da A.E.C.B. e muitos técnicos e administradores , e quem toca a ferrovia de fato era e são os ferroviários que conhecem o serviço.

O Governo e o Ministério dos Transportes ignorou e julgou a minha idéia um absurdo, resolveram entregar para um grupo americano chamado Noel Group, sem nenhuma experiência no sistema brasileiro, tipo de cargas, potencial de passageiros etc...O Resultado da opção do governo brasileiro é o que vemos aí hoje: Milhares de desempregados, quase todas as estações destruídas e fechadas, trens circulando de forma aleatória e precária , nenhuma politica agressiva de captação de cargas, trilhos e equipamentos sendo destruídos e, risco de acidentes por falta de investimentos.

Ou seja, o governo ignorou a capacidade acumulado pelos profissionais da ferrovia, ignorou a possibilidade da criação de uma Cooperativa de brasileiros e também não se interessou por uma parceria possível com empresas com acumulo de experiencia e tecnologia que poderiam recuperar a malha ferroviária da região e até do país, manter o nível de empregabilidade e proporcionar o Transporte de cargas e passageiros no Trecho de Bauru-SP até a fronteira com o Paraguai e a Bolívia, Estações de Corumbá, Ponta Porã, Itaum com grande capacidade de carregamento de grãos e mesmo tornar Campo Grande um dos grandes entroncamentos secundários e até primário da ferrovia, possibilitando uma grande integração multimodal.

Sempre é assim, os brasileiros e os profissionais da área não são reconhecidos, valorizados, prefere-se entregar para estrangeiros até destruírem , mas ao brasileiro não é dada a oportunidade real. As propostas nossa e das entidades do ferroviários foram ignoradas.