Drogas e segurança pública

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença. Contudo, o consumo de drogas vai de encontro à definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma vez que pode causar diversos impactos à sociedade. Nesse contexto, as consequências decorrentes pelo uso e tráfico de drogas representam problemas para a saúde e segurança pública.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mortes causadas pelo uso de drogas aumentaram em 60 % entre 2000 e 2015. Nesse âmbito, O uso de drogas representa um problema de saúde pública, visto que além de causar diversos problemas à saúde como a dependência e doenças, pode levar até mesmo a óbito por meio do uso excessivo (overdose). Isso é intensificado pela falta de políticas públicas voltadas para o tratamento e reinserção social de usuários.

Além disso, o combate às drogas está diretamente relacionado à segurança pública. Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), em 2018, o número de pessoas presas pelo crime de tráfico de drogas no Brasil representava 28% da população carcerária. Em vista disso, percebe-se que o tráfico e/ou o uso de drogas contribui para o aumento da criminalidade e da população carcerária e, consequentemente, demanda mais investimento em segurança pública.

Evidencia-se, portanto, que o uso de drogas representa um obstáculo para a sociedade e para o Estado enquanto garantidor do bem-estar social. Por conseguinte, cabe aos governos federal, estadual e municipal promoverem políticas públicas integradas que propiciem a prevenção, educação e repreensão ao uso de drogas. Além disso, é preciso que os municípios, em parceria com organizações civis, construam centros de recuperação para tratamento da saúde e reinserção social dos dependentes químicos. Dessa forma, pode-se minimizar os impactos produzidos pelas drogas.