Capitalismo ou pobreza

A maior parte das pessoas enxerga o conforto e as facilidades que desfrutamos hoje como uma evolução natural da Humanidade. Ao mesmo tempo, atribui ao Capitalismo a responsabilidade pela pobreza e carências materiais em geral.

Se essas pessoas refletissem um pouco sobre o assunto, veriam que esse pensamento não faz nenhum sentido, são situações antagônicas.

Todo o conforto de que desfrutamos hoje é fruto da ação capitalista através dos últimos três séculos. Isso é um fato.

A única forma de se tirar pessoas definitivamente da pobreza á através do trabalho. Qualquer providência diferente nesse sentido terá resultado parcial e temporário.

Se as empresas tiverem mercado para seus produtos, por quê elas deixariam de contratar mão de obra para expandir sua produção?

A partir da década de 60, quando a nossa Economia passou a crescer mais significativamente, o grande obstáculo para que a riqueza chegasse a um maior número de pessoas, tem sido o Estado.

Existe sim no Brasil uma elite egoísta e burra que faz de conta que vive num Brasil paralelo onde só tem fartura e vem ao Brasil real apenas para obter os recursos para seu bem estar, não se importando nem um pouco se existe ainda pobreza ou não. Essa elite acha que por pagar tributos, porque não os consegue sonegar completamente, já está fazendo muito pelo país.

Essa elite é composta por parte dos empresários, produtores rurais, especuladores, profissionais liberais, servidores públicos e políticos.

A elite de hoje mudou um pouco em relação à que apoiou o golpe de 64, porque o Brasil mudou, mas na sua essência continua igual.

Ela apoiou o golpe não foi propriamente porque estava preocupada com o país, foi por medo de que um eventual governo comunista confiscasse seus preciosos bens e lhes tirasse o poder de influência.

Durante o governo militar, a elite empresarial e rural foi beneficiada com a reserva de mercado e outras benesses como juros subsidiados que lhes garantiu a vida fácil, onde sua incompetência para administrar não tinha concorrência.

Mas, com um pouco de boa vontade em querer abrir os olhos, podemos observar um fator comum daquela época para hoje, a presença do Estado.

Essa elite não seria nada em termos de influência se não fosse a presença de um Estado gigante e intromissivo como o nosso. Um Estado que mantêm a população ocupada em garantir seu arroz com feijão e com assuntos irrelevantes, como “feiquinius” e outras besteiras enquanto o poder continua a ser exercido nos bastidores, para preservar o status quo.

Nossa riqueza não chegará aos mais pobres enquanto existir esse Estado dinossáurico e ineficiente.

E essa situação não mudará enquanto parcela expressiva da população continuar dando apoio para esse pensamento estúpido de que o Estado é o grande provedor do bem estar da população.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 28/09/2020
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