QUAL BRASIL O POVO RESPONSÁVEL QUER?

O Brasil é um país subdesenvolvido por convicção, possui um povo semialfabetizado, heterogêneo e sem uma cultura definida, que não têm noção de patriotismo (exceção na copa mundial de futebol), e está falido financeira, ética e moralmente, atolado por inteiro na corrupção, e não tem uma só instituição na qual se possa acreditar. Todo esse contexto é de fabricação genuinamente brasileira e não nos foi imposto por ninguém. É claro, que com todas essas (virtudes), ele não consegue se enxergar a si mesmo, e fica procurando um culpado externo pelas suas desgraças. A cegueira intrínseca, não permite que o Brasil perceba que as tolices das ideologias fazem parte do passado das nações, e que o (nome da rosa) é ECONOMIA! O poder econômico produz o poder bélico, e esses dois poderes em conjunto, são os que estabelecem as regras do jogo. A China fez essa descoberta, adotou a economia do livre mercado, e manteve as restrições à liberdade, e este, é um problema da democracia, pois os seres humanos, especialmente os semialfabetizados, não sabem fazer uso disciplinado da liberdade, (como no Brasil). O resultado aí está: a China passou o Japão para trás, assumiu o segundo lugar na escala da economia mundial, e muito provavelmente suplantará também os Estados Unidos. Enquanto isso, os brasileiros estão empenhados, como gladiadores, na descoberta do sexo dos anjos, uns defendendo o comunismo ortodoxo que já morreu, tentando ressuscitá-lo das cinzas, e outros batendo em (cachorro morto), que é esse cadáver do comunismo. Tanto (gregos) como (troianos) não percebem que na política brasileira, eles sempre estão trocando seis por meia dúzia, onde sai uma quadrilha de ladrões, e entra uma quadrilha de ineptos que não têm a mínima noção do que é governar um país. E assim, o Brasil continua a ser governado pelo sistema de capitanias hereditárias, com uma pesada, inchada, e ineficiente máquina governamental, cheia de parentes amigos e correligionários de todos os governos que se revezam no poder, com altíssimos salários e caríssimas mordomias, que exigem a cobrança dos maiores impostos do planeta, que sufocam a iniciativa privada, retirando o seu poder de competição, e o próprio povo, diminuindo o seu poder aquisitivo, e que paga por tudo isso, vivendo na miséria, sem retorno na forma de benefícios em todos os segmentos da estrutura social. Enquanto isso, as reformas que realmente interessam ao povo: infraestrutura, administrativa, política, tributária, jurídica, e também na economia (a nossa economia é estatizada nos seus segmentos mais importantes, onde imperam os políticos com o empreguismo e a corrupção) não acontecem, pois elas são contrárias aos interesses da corrupta máquina governamental, e dessa asquerosa classe política. Para coroar a (inteligência brasileira), agora o governo tupiniquim está se esforçando para se indispor com os Estados Unidos (no seu novo governo), e também com a China, nos infelizes pronunciamentos da (família real), cujos países são os dois maiores parceiros comerciais do Brasil! (Os nossos diplomatas estão em apuros, pois no Brasil temos alguns macacos soltos numa loja de cristais.)

Em 1996 a China tinha 114.000 empresas industriais estatais, e até 2005 esse número foi reduzido a 27.000, com a privatização de 87.000 empresas. Em 2015 o Brasil era o terceiro na colocação dos países com maior número de estatais, ficando atrás apenas da Hungria e Índia, em cuja lista a China não foi incluída. O Brasil tinha138 empresas estatais federais, e incluindo estados e municípios, o total passava de 400. Nas federais, 18 empresas eram deficitárias, dependendo de subvenções do governo, e em 2017 as empresas deficitárias receberam 14,6 bilhões em aportes do Tesouro.

A China percebeu a instabilidade brasileira expressa verbalmente pela imbecilidade, e não perdeu tempo; já está investindo na infraestrutura agrícola no continente africano, pois ela precisa de alimentos tanto para o seu rebanho de animais, como para o seu imenso povo. Nessa mesma direção, a China fechou quatro acordos de investimentos com a Argentina, com investimentos de US$ 4,7 bilhões em ferrovias, com a geração de 28 mil empregos, e com as importações de soja e carne bovina, já é o seu maior parceiro comercial. Além disso, a China está também investindo pesado na criação de porcos em grande escala no território argentino. É claro que a (inteligência brasileira) está contribuindo gentilmente para a expansão da economia Argentina, e até os menos favorecidos no intelecto, devem saber que a Argentina possui algumas qualidades que lhe conferem vantagens para disputar a supremacia e liderança continental. É questão de pouco tempo. Além disso, por conta dos investimentos da China, vários países africanos logo se tornarão também fortes concorrentes na disputa pelo mercado chinês.

É claro que o governo brasileiro não está preocupado em perder o parceiro chinês, pois ele poderá substituir a China e também os Estados Unidos por outros compradores, como por exemplo, (Cuba, Venezuela, Bolívia, Coréia do Norte e as ilhas de Tuvalu.)

A China, com o seu regime inteiramente comunista, (política e economia) vivia na miséria até 1975. A partir de 1976, um novo grupo, liderado por um chinês chamado Deng Xiaoping assumiu o comando do único Partido que lá existe, e gradual, mas rapidamente, adotou a economia do livre mercado (capitalista), e em apenas quatro décadas, tirou o país da miséria, destronou o Japão, e ocupou o seu lugar, como a segunda maior economia do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. No período de 1990 a 2015 a China retirou 750 milhões de chineses da linha de pobreza extrema, (quase quatro vezes a população do Brasil) conforme o relator das Nações Unidas Philip Alston em seu relatório final, e segundo ele, porque não aceitou o neoliberalismo. Por seu turno, no Brasil com 322 anos como colônia, mais 198 anos independente, aumenta cada vez mais a miséria...

No planeta inteiro, independentemente de quaisquer fatores, ocorre a evolução em todos os sentidos, e quem não a observar. e a ela não se integrar, fica para trás, envolvido pelo anacronismo. Isso está ocorrendo com os Estados Unidos, que não quer admitir e se integrar à globalização, sonhando com a singular hegemonia que eles exerceram durante muito tempo, mas da qual não são mais os detentores, dividindo-a, de fato, com a Europa, com a China, Japão, Rússia, Singapura, Coréia do Sul e Taiwan, entre outros. Além disso, a assistência social interna, desnecessária nos áureos tempos, mas agora uma urgente necessidade, ficou bloqueada na tímida tentativa do governo de Barack Obama. Assim, o país mais rico do mundo, paradoxalmente, apresenta um dos piores índices de pobreza entre os países desenvolvidos.

O americano de origem indiana Parag Khanna escreveu o livro sob o título (O Futuro é Asiático), destacando que mais de 50% da população mundial vive na Ásia, e que de 35% a 40% da economia mundial está na esfera asiática. O principal agente dessas transformações é, sem dúvida, a China, que propaga o seu modelo de desenvolvimento, e também do seu novo modelo político, um capitalismo controlado pelo partido, que lhe confere estabilidade e progresso, compensando a falta da democracia, onde o estômago satisfeito esquece a liberdade restrita. Conforme Parag Khanna, no século XIX, o mundo foi europeizado; no século XX, foi americanizado, e agora, no século XXI, o mundo está sendo irreversivelmente (asiaticanizado). Nos países de democracias avançadas, como no primeiro mundo, o modelo chinês é impensável, mas faz sentido em países asiáticos, nos países africanos, e também na sempre indefinida e subdesenvolvida América Latina, com as reformas e também com os ajustes convenientes e compatíveis com suas peculiaridades.

Talvez, a velocidade e a eficácia dessa transformação chinesa, seja uma decorrência da conjunção de alguns fatores, como a cultura milenar, a noção de nacionalidade (patriotismo), a eficiência institucional concentrada, livre de uma infinidade de instituições que cuidam dos seus interesses específicos. Como complemento, eles descobriram que o comunismo ortodoxo não funciona, assim como a excessiva liberdade da democracia, transformada em anarquia pela ignorância popular generalizada, também não funciona. Então, liderados pelo sábio Deng Xiaoping, eles tomaram o caminho do meio, e eliminaram a integral estatização da economia, adotando a economia de livre mercado, investiram pesado na infraestrutura como um todo, e na educação. Nesse contexto, o estado chinês não tem que carregar nas costas, dezenas de ministérios com milhares de funcionários públicos, que são vitalícios, uma enorme quantidade de (vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores), e ainda o enorme judiciário, todos com vultosos salários e caríssimas mordomias, todos preocupados consigo mesmos e não com o país e com o povo, sem contar os famigerados (conselhos) que são desaconselhados. Temos 5.568 municípios, e vários deles com menos de 2 mil habitantes, indicando que muitos poderiam ser agregados. E ainda, uma enorme quantidade de sindicatos, com milhares de funcionários que nada produzem, vivendo à custa dos trabalhadores, que são (ou sempre foram) obrigados a contribuir pelo desconto compulsório nos seus salários.

O Brasil, sempre enaltecendo a criatividade e o (jeitinho) brasileiro, tem uma forma mista e plural de governo, associando o governo regular meio democrático e meio capitalista, com parte da economia estatizada, uma excessiva liberdade transformada em anarquia, um imbróglio com o falso socialismo, com o crime organizado sediado no Rio de Janeiro e com a quantidade de Ongs que ninguém sabe direito o que elas fazem, ao lado de uma cara e desnecessária quantidade enorme de partidos políticos, tudo isso recheado de parentes, amigos e correligionários, e tudo mesclado com a corrupção por todos os lados. Talvez possamos denominar esse sistema como (Do Jeito Que o Diabo Gosta), e concluir com o gesto obsceno... (E o povo ó!) Ele que se divirta com o futebol (também decadente), e com o carnaval... Afinal, (Deus) é brasileiro... (Uma blasfêmia!)

As ideologias foram soterradas pela evolução, competindo aos países, observar no cenário internacional, as nações que deixaram o subdesenvolvimento para trás (China, Coréia do Sul, entre outros), para de acordo com as suas específicas circunstâncias, escapar do círculo vicioso e do anacronismo, abrindo as portas para a evolução, contemplando a economia, pois esta é que produz os recursos necessários para satisfazer todas as outras exigências, compatíveis com o bem estar social, e a representação no contexto das nações.

O império soviético desabou, e a Rússia adotou muito timidamente a economia de mercado, não conseguindo os mesmos resultados da China, mantendo-se na estagnação. Cuba, Venezuela e Coréia do Norte, que se mantêm no velho sistema comunista, estão na miséria, e os Estados Unidos, que insistem nos velhos padrões do capitalismo selvagem, individual, sem concorrência e egocêntrico, estão em decadência, pois o individualismo proporcionado pelos tempos de domínio absoluto da economia mundial está sepultado. A crise de 2008 foi um aviso, mas parece que eles não entenderam. O resultado da última eleição talvez seja a indicação da mudança de rumo.

Quanto ao Brasil, não se sabe exatamente o que ele é sob diversos aspectos: como ideologia política, regime da economia, religião, e nem mesmo os limites territoriais do governo regular. A ideologia política é confusa, onde o sistema é o de capitanias hereditárias, em contínuo revezamento no poder, onde os parentes, amigos, e adeptos privilegiados são instalados no permanente rodízio dos clãs, tanto no governo diretamente, como nas adjacências periféricas, no sistema de relacionamento privilegiado. A economia de mercado se mistura com a profunda estatização, esta onde os políticos instalam seus asseclas, e entre as duas versões econômicas se introduz a corrupção, para dar vazão à desenfreada roubalheira por todas as partes envolvidas. A religião adotada no Brasil é a mesma adotada no planeta, chama-se (Me Engana Que Eu Gosto), onde o fundamento (dogma) principal é (Faça o Que Eu Digo e Não o Que Eu Faço). Ela está infiltrada e bem associada à política, pois as duas têm muito (tudo) em comum. Sobre os limites territoriais do governo regular nos estados, temos uma certa confusão, pois há Estado em que o governo está tripartido, entre os Milicianos, o Crime Organizado (com território próprio) e o governo regular. Além disso, ao longo das fronteiras do nosso País, entra quem quiser, quando quiser, trazendo o que quiser, e sai quem quiser, quando quiser, levando o que quiser. Para completar, as penitenciárias foram transformadas em escritórios dos chefes do crime organizado, com casa, comida, roupa lavada, plena comunicação com seus cúmplices, tudo de graça, com as despesas por conta do povo. Vez por outra, os militares (bocejando) desfilam num velho tanque, apenas pela periferia do território do crime organizado, os criminosos se recolhem e ficam jogando baralho por alguns dias, e logo retornam às suas normais atividades, assim que o velho tanque termina o seu enfadonho passeio pelas adjacências.

A nossa realidade é que nenhum governo bem intencionado, poderá retirar o País do caos onde se encontra, pois o sistema instalado é muito poderoso e não o permitirá jamais. O único meio, é que as Forças Armadas assumam o poder, façam a limpeza completa (a Ilha Grande é um bom depósito, e com baixo custo), sem cometer os erros do passado, executando de forma radical as reformas administrativa, política, tributária, jurídica, e econômica, restaurando a verdadeira democracia, que não existe na atualidade, (foi transformada em anarquia) devolvendo ao povo brasileiro, um País do qual o povo verdadeiramente responsável, possa se orgulhar, e não sentir vergonha como acontece atualmente, notando-se também a perda da credibilidade internacional.

Quanto à liberdade, é interessante observar que as pessoas dignas, íntegras, trabalhadoras, de bom caráter, e que respeitam as leis, são intrinsecamente livres, e nunca são privados da sua liberdade, em quaisquer circunstâncias. Por outro lado, a população carcerária reclama pela falta de liberdade, assim como aqueles que do lado de fora, agem contra as leis e os bons costumes, violando as regras do convívio social. Isto, sem contar os criminosos mantidos em liberdade por uma justiça ineficiente e anacrônica, que mantém as famílias em prisão domiciliar, tomadas pelo medo e a crescente insegurança de sair de suas residências.

Podemos concluir que os modelos europeu e americano ficaram para trás, engolidos pela evolução, e que o modelo asiático em ascensão, que se ajusta melhor à cultura dessa região, deverá ao que tudo indica, assumir a hegemonia mundial. Os americanos do sul, que sempre se mantiveram na indefinição, podem fazer as adaptações convenientes e embarcar neste terceiro estágio, saindo do subdesenvolvimento. Não se deve esquecer que entre as Nações não é a amizade que prevalece, mas sim a convergência dos interesses recíprocos. (Assim como entre os seres humanos). Essa é a realidade, e o resto... (É prosopopeia flácida para acalentar bovinos.)

Para finalizar, como se pode observar pelo decurso de tempo, a nossa velha (doença) parece incurável. Vejamos...

1)-Lembrando a sugestão de João Capistrano Honório de Abreu (1853-1927), escritor e historiador, nascido em Maranguape, Estado do Ceará, para inserir como um complemento à nossa Constituição: (Artigo Único- Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara. Parágrafo Único- Revogam-se as disposições em contrário.)

2)-(Vítimas da incultura, pobres por incultura, doentes por incultura, mal governados por incultura, sem bom conceito por incultura, o meio de nos arrancarmos do atoleiro é a cultura.) José Bento Renato Monteiro Lobato (1882-1948)

3)-João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) escritor brasileiro, e que foi membro da Academia Brasileira de Letras, em entrevista nas páginas amarelas da Revista Veja de 18-05-2005:

(Nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade. Esse negócio de dizer que as elites são corruptas, mas o povo é honesto, é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral.)

4)-E ainda temos a música de José Bezerra da Silva: (1927-2005) (...Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão...)

As redes sociais são poderosas (catapultas), para o arremesso dos mais potentes (torpedos) nos alvos apropriados. Nelas é que os nossos gladiadores deveriam se concentrar, no maior número possível, atraindo o apoio popular, para exigir as reformas necessárias, reduzindo drasticamente a incrível (obesidade mórbida) e a ineficiência da administração pública, nas esferas municipal, estadual e federal, e através da verdadeira capacidade técnica dos órgãos realmente necessários, concretizar todas as reformas exigidas pelo bom senso, livrando-se do anacrônico e falecido conceito (direita/esquerda), que deve ser substituído pela exigência de uma Administração Eficiente, refletida na saúde, educação, segurança, infra estrutura, e economia, que conferem a boa qualidade de vida a todo o povo brasileiro, e o verdadeiro desenvolvimento sustentável do País. Enquanto isso, em caráter permanente, a cada eleição substituir (todos) os políticos, tantas vezes quantas forem necessárias, até que façam aquilo que deve ser feito, nunca reelegendo nenhum deles.

5-(Políticos, como fraldas, devem ser trocados de tempos em tempos, pelo mesmo motivo. Os políticos e as fraldas são semelhantes, possuem o mesmo conteúdo.) Eça de Queiroz (1845-1900)

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 06/01/2021
Código do texto: T7153266
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