Maternidade/ Ser mÃe: padecer aRrEpEnDiDa...?

Chegamos a uma reta fora da curva e sem ponto na linha.

Agora, NÃO BASTA a discussão do direito ao aborto. Temos a nova e chique intelectualidade humanitária e sociológica: a prerrogativa de se amar um filho ou filha, porém sem que se tenha medo de dizer que ele ou ela foi fruto de um equívoco. E não estamos falando de estupro, nem de gravidez na adolescência.

Vejam isso aqui logo abaixo (transcrição literal), depois eu volto mais adiante.

ASPAS abertas para: revistamarieclaire.globo

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(TÍTULO): ¨K.a.r.l.a.¨T.e.n.ó.r.i.o.¨ acolhe mães arrependidas: "Me arrependo de ser mãe e amo minha filha"

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(NOTA SUBTÍTULO, ainda transcrita na literalmente aqui): Em entrevista à Marie Claire, a atriz fala sobre arrependimento materno e o movimento “Mães Arrependidas”, criado por ela, que virou peça de teatro. Mãe de Flor, de 10 anos, ela defende que o tema precisa ser debatido porque "estamos morrendo de tristeza e depressão” e diz é possível não gostar da maternidade e amar sua criatura

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(Redação Marie Claire)

- 18 Jun 2021 –

Aos 28 anos, ¨K.a.r.l.a.¨T.e.n.ó.r.i.o.¨ decidiu que era a hora de ser mãe. Casada há três anos, foi em uma viagem para a Índia que ela sentiu, pela primeira vez, o “chamado” da maternidade. “Eu me casei e estava fazendo novela quando, em uma viagem para a Índia, durante uma meditação, senti que queria ficar grávida. Eu falo desse jeito e parece algo irônico, porque até hoje eu não sei se foi algo divino, se estava no meu caminho, ou se foi fruto da maternidade compulsória, que estava me dominando e criando uma história psicológica pra que eu fosse como a maioria das mulheres. Acho, no fundo, que tem um pouco dos dois”, explica ela.

Durante um ano, a atriz se preparou para a chegada da filha, Flor. “A gravidez, em si, foi incrível, e eu fui construindo aquela ideia de mãe divina, maravilhosa, guerreira”. Mas foi na hora do parto que a vida de Karla mudou completamente e de forma inesperada. “Parece chocante dizer assim, mas quando a cabeça saiu, eu entendi que não seria nada daquilo. Como eu estava imersa em muitos sentimentos, me acalmei, pensei que depois tudo seria mais tranquilo. Eu tinha me preparado, tinha lido vários livros, mas nenhum deles me dizia que seria péssimo, em especial o baque psicológico, hormonal e físico. Foi quando me perguntei se todo mundo sentia isso, ou se era só eu”, continua.

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ASPAS fechadas. Confira em:

https://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2021/06/karla-tenorio-acolhe-maes-arrependidas-me-arrependo-de-ser-mae-e-amo-minha-filha.html

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Voltando e comentando aqui, o Tex.

Não se pode negar que a gravidez e o parto são dois momentos em que os homens podem (insensivelmente alguns, ou solidariamente outros) APENAS ACOMPANHAR a traumática mudança que leva as mulheres a um teste duríssimo diante de um desafio que inevitavelmente é exigido unicamente DELAS e nunca DELES.

Mas, cabem questionamentos a essa bandeira levantada por esse movimento das MÃES ARREPENDIDAS. Por exemplo: podemos indagar se um filho ou filha precisa MESMO ouvir tal declaração da própria mãe, ficando ainda assim milagrosamente imune a questionamentos no seu íntimo que pudessem provocar uma crise existencial por qualquer razão típica da juventude. E isso, ainda, se puder resistir a uma infância propensa a eventuais dúvidas existenciais que podem repercutir em seu desenvolvimento enquanto ser humano.

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Da série: “TEM CERTEZA DE QUE NÃO TEM ALGO MAIS NECESSÁRIO DE ARREPENDIMENTO...? ” .