Desfazendo um mito sobre armas de fogo

Os defensores do desarmamento agem de certa forma como os defensores da liberação do aborto, basicamente distorcendo a noção de direito e a realidade demonstrada por fatos. Assim como a maior parte da população brasileira é contra o aborto, ela é favorável à posse de armas. Contudo, os ativistas pró desarmamento e pró aborto deixam claro que seu propósito é impor agendas ideológicas de uma minoria sobre a maioria da população.

O centro das duas questões é o mesmo, o Direito, o direito à posse de armas e o direito à Vida.

Estamos nos debatendo contra pessoas que são essencialmente autoritárias e anti liberdade.

Na questão das armas, uma das mentiras que os ditadorezinhos usam como argumento é que existe correlação direta entre número de armas em poder da população e número de homicídios cometidos com elas.

Vejamos:

- em 2018 foram emitidos 51.057 novos registros de armas de fogo;

- em 2019, 94.064 registros;

- em 2020, 177.782;

- em 2021, até o dia 13/12, 188.805.

Os números de homicídios consolidados no DATASUS, no mesmo período foram: - -

- 2017 – 63.748;

- 2018 - 48.965;

- 2019 – 43.879;

- 2020 - 23.204;

- 2021 (entre janeiro e julho) – 23.204.

Aumento no número de armas no período 2018-2020 – 248,4 %.

Redução no número de homicídios – 10,2%.

O número de latrocínios - roubo seguido de morte – foram:

- 2117 – 2.496;

- 2018 – 1.935;

- 2019 – 1.586;

- 2020 – 1.428;

- 2021 (entre janeiro e julho) – 837.

Podemos prever que os “iluminados” pelas “santas diretrizes de grupo” olharão com cara de nojo para esses dados e usarão aquele conhecido argumento infalível, “Isso não vem ao caso”.

Para os cidadãos razoáveis que queiram tirar alguma conclusão também razoável a partir desses dados, mesmo que relutem em associar a redução dos crimes com o aumento do número de armas de fogo em poder da população, fica claro que não existe correlação entre o número de armas possuídas pelos cidadãos, bem entendido como os indivíduos que respeitam as leis, e o número de mortes provocado com elas.

Poderíamos até “ignorar” a redução dos crimes de 2018 para 2019 e relacioná-la com o fato de que na pandemia as pessoas ficaram confinadas em casa, mas a tese absurda dos desarmamentista é que basta a pessoa estar de posse de uma arma de fogo para ser tomada por um frenesi assassino e sair matando todos que encontra pela frente. Nesse caso, esses malucos enrustidos que necessitam que o Estado benevolente e atencioso tome conta deles 24 horas por dia, 365 dias por ano, teriam matado toda sua família ou no mínimo aquela esposa chata que fica o tempo todo dando ordens.

Um dos lemas dos defensores do direito de possuir armas de fogo é:

“Não é sobre armas, é sobre liberdade”.

Pobres e infelizes são aqueles que voluntariamente abrem mão de sua liberdade. Esses não conhecem a agradável sensação do que é ser livre.

O direito é inato ao indivíduo. Ninguém deveria ter o poder de julgar se ele “merece” ou “tem maturidade” para exercê-lo, exceto quando se trata da maturidade que é adquirida naturalmente com seu desenvolvimento físico e/ou intelectual.

Não podemos negar direitos para uma ou várias gerações sob alegação de que elas são “culturalmente imaturas”.

Quem irá julgar esse aspecto? Os “super seres” que conduzem o Estado? Esses “sábios” de “conduta ilibada”?

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 24/02/2022
Reeditado em 24/02/2022
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