Comunicação e a importância para a vida

“Comunicação e a importância para a vida”

Por Thaís Falleiros

"Comunicação" deveria ser uma disciplina curricular, afinal é a faculdade mais importante em todos os momentos da vida, desde a infância até o fim da existência humana. Saber se comunicar é o primeiro passo para curar feridas, conquistar vagas de emprego, fazer amigos, conseguir boas parcerias e bons relacionamentos.

Eu diria que, no mercado de trabalho, mais importante que o conhecimento técnico, é a boa comunicação, afinal, não existe coisa pior que trabalhar com alguém que não sabe usar as palavras de maneira correta, que tem atitudes ásperas e mal-educadas. Isso tem muito a ver com inteligência emocional: saber se comunicar de maneira eficiente, usar a CNV (comunicação não violenta), colocar em prática a escuta empática, ou seja, saber ouvir com atenção e respeito, procurando entender a mensagem sem julgamento moralizante e usar palavras adequadas.

Ainda dentro da comunicação verbal, não podemos esquecer, dentre tantos tipos de comunicação, a escrita: hoje em dia não é raro ver pessoas escrevendo de maneira precária, não sabendo se expressar por meio da escrita, não conseguindo argumentar numa redação, e tão pouco usando palavras incorretas num e-mail, num documento formal. Parte dessa defasagem está ligada ao modo de escrita da chamada "internetês", que existe, faz parte do dia-a-dia, trouxe novas maneiras de comunicação através de novas abreviações e emojis, mas que não podem substituir a linguagem formal ainda almejada nos ambientes formais.

Comunicação, porém, vai além do âmbito verbal. Ela também está relacionada aos comportamentos, às atitudes, aos gestos e à vestimenta, na chamada comunicação não verbal. Nos comunicamos o tempo todo com os olhares e expressões. Uma pessoa que sorri ao chegar num ambiente, por exemplo, está comunicando algo agradável e demonstrando boa educação, a qual nunca é demais. Um “olá”, um “bom dia”, “obrigado” não custa nada e se for acompanhado de uma atitude cordial, certamente, quem o faz receberá os benefícios desse comportamento tão simples, pois é melhor recebido e melhor respeitado pelos demais. Porém, apesar desse tema parecer banal, na prática não é o que vemos. Basta notar as pessoas no trânsito, no comércio, no trabalho e no ambiente domiciliar.

Aliás, falando do ambiente domiciliar, lembro de uma comunicação pouco discutida e muito importante: a comunicação intrapessoal, que é aquela que fazemos internamente através dos pensamentos. Muitos são os que agem de maneira cruel consigo mesmos, se culpando ou se criticando, e há aquelas pessoas que viciam em pensamentos negativos acerca de si e de tudo o que as cerca: pessoas, coisas e fatos. Cuidar dos pensamentos é o primeiro passo para mudar a vida, afinal o que pensamos atraímos. Os pensamentos geram sentimentos que geram atitudes, por isso a grande importância de prestar atenção nas conversas internas, fazer questionamentos, reflexões, buscando respostas positivas sobre os acontecimentos, analisando suas próprias responsabilidades sobre as atitudes alheias, em vez de colocar a culpa de tudo em todos, tentando aprender com os ocorridos e ganhando conscientização sobre os pensamentos, numa atitude madura de afastamento, a fim de entender que não somos eles, mas eles agem e modificam o nosso modo de ver o mundo e interagir com este.

Vê-se que o assunto é extenso e, apesar de parecer simples, não é. É comum ver grandes profissionais, especialistas capacitados perderem seus empregos por não ter a faculdade da boa comunicação, por não saber lidar com frustrações e com trabalho em equipe. É fácil ver relacionamentos amorosos e familiares se desfazerem por conta de uma comunicação violenta, falta de empatia e de conversa. E mais, é comum ver pessoas cometendo atentados contra a própria vida porque não aprenderam a lidar com as próprias emoções que são sempre geradas pelos pensamentos, e não conseguem expressar tais pensamentos, o que poderia trazer ajuda se externalizados para pessoas capacitadas, como psicólogos e grupos de ajuda, por exemplo.

Enfim, a comunicação existe desde o ventre, quando o bebê sente as emoções da mãe, até o momento da morte. A usamos o tempo todo, acordados ou dormindo, com os outros e conosco, de maneira consciente ou inconsciente. Pensar sobre o assunto e conseguir mudar o modo de se relacionar com o mundo é quebrar velhos padrões de comportamento, é trazer mais qualidade aos relacionamentos e, certamente, é proporcionar maior possibilidade de sucesso em todas as áreas da vida.

Thaís Falleiros
Enviado por Thaís Falleiros em 31/08/2022
Reeditado em 15/02/2024
Código do texto: T7595611
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.