Se quer ser respeitado; respeite. (O genocídio dos yanomami)

O Brasil de 523 anos atrás já existia e era habitado, e os seres humanos que aqui viviam conheciam a equação imprescindível do equilíbrio entre homem e natureza evoluindo com sabedoria, compartilhando a vida com a riqueza que tinham a sua disposição até que chegaram os colonizadores e usurparam tudo. Durante esse tempo esses irmãos que chamamos de índios, (porque assim os intitularam já que a ideia de Portugal era chegar às Índias mas se equivocaram e aportaram na América)conviviam em paz e harmonia com tudo e todos até que tomaram suas terras. Logo na chegada os portugueses que eram escravagistas perceberam nos habitantes que os receberam de forma pacifica a fragilidade, revelando ingenuidade aos já gananciosos exploradores que imediatamente dominou esse povo originário.

Mas por que comentar esse assunto conhecido? Ora, pelo simples motivo de fazer que nunca esqueçamos quem são os verdadeiros donos desse espaço que vivemos e bradar que jamais poderiam cometer as atrocidades que cometeram com eles.

Neste processo de extermínio que até que enfim a mídia está noticiando, (curiosamente o tal mercado permanece calado né...) é mais que necessário identificar e punir os culpados sem nenhuma anistia, pois os índios nunca tiveram benefícios, pelo contrário sempre foram negligenciados. Os recursos gerados para manutenção das inúmeras tribos são limitados e somente agora há um ministério para tratar deles como merecem, mas diante de tanta crueldade evidenciada, os problemas que poderiam ser solucionados com tempo e planejamento precisam de soluções imediatas, porque o que está em jogo são vidas, são nossas histórias, nossos princípios.

Diante deste cenário, há que se perguntar: o que devemos fazer para revertermos este quadro? Qual o papel de cada um nesse processo?

Pensando no futuro o ser humano precisa perceber que há uma necessidade urgente de mudança de atitude. Devemos melhor entender e respeitar as características e costumes do nosso semelhante, revendo pensamentos e atitudes para que nos coloquemos no lugar daqueles que lá sobrevivem como guerreiros, que trazem entre eles dignidade, perseverança e fé.

Devemos compreender que apenas leis e iniciativas governamentais não serão suficientes para acabar com os problemas. Somente a gestão compartilhada e participativa trará as mudanças necessárias para transformar uma realidade preocupante num futuro cheio de possibilidades. Nesse contexto, vale destacar que não cabe mais a figura do cidadão espectador, à espera de propostas e posturas surgidas nas esferas governamentais. A nova ordem é a busca de alternativas também pelos cidadãos ou organizações, para resolver os problemas sócio-ambientais, levando em conta as necessidades e dificuldades vivenciadas pelas próprias comunidades locais.

A responsabilidade social creio ser de todos mas também temos que cobrar e muito que a justiça faça sua parte e coloque na cadeia os criminosos que cometeram esse genocídio com os yanomamis pois lugar de bandidos como os que aqui passaram na gestão passada é mofar atrás das grades sem privilégio.

Devemos nos unir agora, pensando naquilo que cada um de nós pode fazer para melhorar o amanhã dos que ainda virão. Como disse um velho chefe índio “Somos parte da terra e ela é parte de nós. Fazer mal a ela significa fazer mal a nós mesmos. Respeitar nossos antepassados é respeitar o futuro".

Então respeito aos que respeitam todos e aos que negam, de minha parte também terão o mesmo tratamento.

Antônio de Magalhães
Enviado por Antônio de Magalhães em 24/01/2023
Código do texto: T7702647
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