Estamos no limite #MEMORIAL Recantista#

O amanhã traz desafios que pensávamos que nunca mais teríamos que passar novamente num cenário que só haviam registros na sofrida e triste segunda grande guerra mundial.

A situação vivida agora vai além dos embates políticos onde países por interesses geopolíticos e ideológicos tentam conciliar discursos e narrativas que se mostram frágeis diante da tragédia humanitária que demonstra a todos o quão vulnerável é a existência. A inflexibilidade do conflito entre Israel e Palestina vai além da tolerância de morticínio global, evidenciando e realçando os equívocos das escolhas governamentais e dos desenhos institucionais até aqui constituídos.

O corporativismo e a diplomacia não são capazes de disfarçar a inércia da ONU em lidar de maneira eficaz com a tragédia humanitária que se abateu sobre o povo palestino. O resultado dessa inabilidade vimos quando Israel de forma insensata, covarde e insensível, atingiu de maneira devastatora um hospital em Gaza matando mais de 500 pessoas. Nos discursos desfocados da realidade junto a uma incapacidade de demonstração de humanidade, as ações desse país medíocre chamado Israel, gera revolta e acirra o confronto que poderá ter consequências sem precedentes no planeta, pois a grande maioria das pessoas desconhecem o genocídio que as autoridades israelenses vem promovendo ao longo desse período e até muito antes já existia relatos escritos de confrontos entre árabes e judeus, basta estudar a história desses povos.

Essa guerra (entre tantas) que se arrasta desde a criação do Estado Israelense em 1948, atingindo agora seu ápice de violência, é o veneno que tende a consumir o tecido social que une as sociedades civilizadas pois é inimaginável alguém em pleno século XXI aplaudir ou defender tais atitudes lamentáveis que assassinam seres humanos.

As atenções do mundo se voltam para a tragédia que está acontecendo, entretanto os grandes países que podem buscar a paz, incentivam o confronto e municiam com armas e discursos a continuidade dessa guerra que poderá levar o mundo ao seu fim. É bom que saibam que poucos Estados tem poder de veto na ONU (EUA, China, Rússia, França e Inglaterra) e que o conselho de segurança foi criado justamente para evitar e proporcionar soluções no que se refere a findar conflitos entre nações.

Não deixarei de ser crítico aos governantes de qualquer lugar pelo baixo nível de compadecimento com o sofrimento alheio de pessoas que nada tem a ver com atitudes de grupos que incendeiam esse combate, sendo a sociedade civil que sempre paga o preço com a própria vida.

Esta tragédia não é vinculada apenas a um mandatário ou representante político de ocasião, mas é fruto de uma tragédia coletiva, bem amarrada e arquitetada ao longo de nossa trajetória histórica, social e política.

A construção de um futuro que escape da tragédia é, portanto, um exercício de ruptura com algumas características que têm marcado fortemente não só o debate público atualmente mas que é visto e ouvido há muitos anos. Acredito que a melhor proposta para colocar fim a esse mal, é que se abandone o radicalismo, o rancor e o confronto, que são empecilhos para abraçar a paz. É elementar entender que não é aceitável mais interesses particulares e econômicos, pois o passado serve de exemplo já que o futuro é uma incógnita, e nesse momento cabe aos dirigentes dos países que vivem o presente construir um amanhã mais harmonioso se aproveitando das lições recebidas e projetando uma lógica de interação com toda humanidade, onde a paz e a vida sejam sempre as principais palavras de ordem para que possamos dar a civilização sobrevida e dignidade.

Talvez alguns achem exagero, todavia ouso dizer que se assim continuarmos o mundo está próximo de chegar ao seu limite.

Antônio de Magalhães
Enviado por Antônio de Magalhães em 22/10/2023
Reeditado em 31/10/2023
Código do texto: T7914186
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