RODOVIA SP-95 - TRECHO AMPARO A JAGUARIÚNA



Foto 1 - Vista da rodovia. Note a precariedade do pavimento, bem como do acostamento.
 
Revisão 1: O leitor Wesley (a quem agradeço) recomendou que fizesse nova visita a esta rodovia, pois encontra-se bem diferente de quando publiquei o texto original. Passei novamente por ela no mês passado (julho/2016) e ainda não havia revisado o texto, pois as melhorias feitas na mesma foram apenas de Amparo até Arcadas (distrito de Amparo), onde a pista é dupla e com bons acostamentos. Dali em diante a situação continua ruim e a passagem por Pedreira é inglória, haja vista o péssimo pavimento asfáltico, falta de sinalização e acostamentos precários. Portanto, continuo recomendando cuidado e muita atenção ao trafegar por ela, mesmo no trecho de duas pistas, pois é uma rodovia com intenso movimento, inclusive de caminhões e carretas devido várias fábricas existentes em suas margens.
 
Este trecho da rodovia de pista simples, entre as cidades paulistas de Amparo e Jaguariúna, tem apenas 26 quilômetros de extensão. É identificada como SP-95 e leva o nome de Rodovia João Beira. O outro trecho – não citado aqui – liga Bragança Paulista a Amparo, passando por Tuiuti.
 
         Mas, por que escrever um texto sobre um trecho de rodovia de tão pouca extensão como este? Por dois motivos principais:
1)     Por ser muito procurado por turistas que se dirigem ao Circuito das Águas paulista;
2)     E pelo fato de ser extremamente perigoso, tanto pelo seu traçado obsoleto como pela pavimentação em péssimo estado, a ponto de ser considerado pelo pessoal da região como mais uma “rodovia da morte”.
 
A narrativa é feita no sentido Amparo / Jaguariúna. Este trecho da SP-95 inicia-se na rotatória de Amparo onde se avista do lado direito a fábrica da Ypê, que ocupa uma extensa área. Oito quilômetros à frente atinge-se o distrito de Arcadas, onde existem várias lombadas. Cinco quilômetros após Arcadas surge a cidade de Pedreira, famosa por suas fábricas de porcelana e um bom local para compras. Muitas lombadas nessa passagem por Pedreira. Entre Amparo e Pedreira, há uma derivação para a cidade de Santo Antonio de Posse. Finalmente, quatro quilômetros à frente de Pedreira está Jaguariúna e mais lombadas.
 


Foto 2 - Passagem pelo município de Pedreira.

Sinalização: Precária em toda a extensão do trecho analisado, principalmente a de solo.
Pavimentação: Péssima em todo o percurso. Os trechos bons são tão poucos que nem vale a pena citar. Não há buracos, mas a quantidade de “remendos” é enorme, fazendo você chacoalhar durante quase toda a viagem.



Foto 3 - Note as péssimas condições do pavimento. O local mostrado é no perímetro urbano de Pedreira, cortada pela rodovia. Essa situação é uma constante ao longo do trecho citado.

Terceira faixa: É a única coisa boa neste trecho, pois nos aclives existe a terceira faixa, o que proporciona ultrapassagens seguras.
Acostamentos: Péssimos, além de inexistentes em muitos pontos.
Postos de abastecimento: Bem servida de postos, tanto na rodovia como nas cidades.
Restaurantes: Existem dois ótimos restaurantes situados na margem esquerda. Saindo de Amparo, o primeiro deles é a Churrascaria Gaúcho Tchê, que serve rodízio completo e prato comercial. O próximo, já depois de Arcadas, chama-se Peixada do Lago e é muito procurado, principalmente nos finais de semana.
Segurança: Este trecho não tem segurança alguma. Entre Pedreira e Jaguariúna existem duas curvas em sequência à esquerda que são perigosíssimas, e o local já ceifou muitas vidas. O local está sendo duplicado, porém estão mantendo o mesmo traçado inseguro.
Tráfego: Intenso nos dois sentidos durante todo o dia, acentuadamente no início da manhã e final de tarde, quando se juntam ao tráfego já carregado os muitos ônibus que transportam os funcionários das empresas da região. Muitos caminhões também trafegam por ali. Além disso, atinge a SP-340, após passar por Jaguariúna, rodovia esta que leva às cidades paulistas de Campinas, Mogi Mirim, São João da Boa Vista, Águas da Prata, Casa Branca, Tambaú, Mococa e as mineiras Poços de Caldas, Andradas e Guaxupé.
Radares: Logo após Arcadas (que pertence a Amparo), há uma sequência de três radares que controlam a velocidade em 60 km/hora. Segundo informações de moradores e usuários do trecho em questão nenhum dos três funciona, mas é bom não facilitar e manter a velocidade recomendada. Em Pedreira e na chegada a Jaguariúna eles também se fazem presentes e estes, segundo as mesmas pessoas, funcionam.
 
Conclusão: Um trecho perigoso, que deve ser percorrido com extrema cautela e atenção à sinalização que, mesmo precária, ainda se presta a alguma coisa. É um festival de lombadas, remendos no asfalto e radares ávidos para te pegar no pulo. Um pequeno trecho que pode se transformar numa grande dor de cabeça. Sem dúvida, a pior rodovia do Circuito das Águas paulista. Vá com muito cuidado e boa viagem.
 

 
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