Passeio à Petrópolis/RJ

Prólogo

No dia 21 de outubro de 2013, próximo passado, escrevi e publiquei no Facebook:

“Ontem pude constatar uma verdade: A paisagem da natureza viva é o mais sublime adorno da urbanidade. Quem visitar Petrópolis saberá a que me refiro. Fabianne, Sérgio e eu vivenciamos (Dom, 20/Out/2013) momentos de êxtase. Breve eu escreverei um texto sobre essa gratificante saga para publicar no Recanto das Letras. Por enquanto alimentarei a expectativa dos diletos leitores com algumas fotos do passeio.”.

Pois bem... Esse “Breve eu escreverei”, depois de ultimar outros trabalhos, finalmente chegou ao fim. Resolvi nesta data (21/Nov/2013) pesquisar um pouco mais e escrever o que vimos e vivenciamos (Fabianne, Sérgio e eu) há um mês quando fizemos o gratificante passeio à Petrópolis/RJ.

OBSERVAÇÃO: Não é demais lembrar que os diletos leitores poderão obter na internet mais detalhes sobre o assunto ora escrito.

SOBRE PETRÓPOLIS/RJ

Petrópolis é uma cidade do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Ocupa uma área de 795,798 km², contando com uma população de 295 917 habitantes (2010), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Além de ser a maior, e mais populosa cidade da Região Serrana Fluminense, também detém o maior PIB da região. O clima ameno, as construções históricas e a abundante vegetação são grandes atrativos turísticos.

Além disso, a cidade possui um movimentado comércio e serviços, além de produção agropecuária (com destaque para a fruticultura) e industrial. Fundada por iniciativa de Dom Pedro II (seu nome vem da junção das palavras, em latim Petrus (Pedro) + em grego Pólis (cidade) ficando "Cidade de Pedro"), é frequentemente chamada de "Cidade Imperial". Petrópolis é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica, uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

NOSSO CAFÉ DA MANHÃ

Depois da nossa primeira parada no Mirante do Cristo e após algumas fotos sugestivas pela beleza selvática do local, tomamos nosso café da manhã na Casa do Alemão. Parar nessa aprazível casa não é apenas estacionar o carro e comer algo entre outros turistas barulhentos. É muito mais. É celebrar, com familiares e amigos, a vida, o início de um passeio cheio de expectativas esfuziantes. Não se trata de um local modesto. Paga-se caro pelo deslumbre da ocasião e dos petiscos e receitas típicas servidas nos lanches ou refeições.

MUSEU IMPERIAL

Seguimos viagem e logo estávamos diante do Museu Imperial. Claro que há informações detalhadas sobre o Museu Imperial na internet, mas, nada se compara com uma visita “in loco”, isto é, no próprio local. É mágico ver de perto: Os documentos, móveis, vestuários, medalhas, abotoaduras, joias, retratos pintados a óleo ou grafite emoldurados com madeira de lei, utensílios domésticos e até a coroa e a espada usadas por Sua Majestade D. Pedro II. A viagem é um misto de surreal com a realidade, é como voltar ao tempo onde a realeza morou.

OBSERVAÇÃO PERTINENTE E OPORTUNA

No interior do Museu Imperial é obrigatório o uso de pantufas (Tipo de chinelos ou sapatos acolchoados e macios) com o fim de proteger e conservar o piso encerado de madeira. Aos visitantes não é permitido filmar e/ou fotografar no interior do Palácio Imperial (Museu Imperial). Claro que fotos e/ou filmagens são permitidas na área externa e isso fiz com muita satisfação junto aos companheiros de passeio (Fabianne e Sérgio).

O Museu Imperial possui o principal acervo do país relativo ao império brasileiro, em especial o chamado Segundo Reinado, período governado por D. Pedro II. São cerca de 300 mil itens museológicos, arquivísticos e bibliográficos à disposição de pesquisadores e demais interessados em conhecer um pouco mais sobre o tema, além de constantes eventos, exposições e projetos educativos.

PALÁCIO DE CRISTAL

Localizado na antiga praça da Confluência, na Rua Alfredo Pachá, s/nº - Centro, foi construído nas Oficinas da Sociedade Anônima de Saint-Sauvers Les Arras, na França em 1879, para a Associação Hortícola de Petrópolis, da qual era presidente o Conde D’Eu, marido da Princesa Isabel, destinado a servir de local para exposições e festas. Foi inaugurado em 1884.

A sua mais bela festa foi realizada no domingo de Páscoa de 1888, na qual a princesa Isabel junto a seus filhos, entregou cartas de alforria a escravos, a maioria indenizando os seus senhores com notável campanha desenvolvida na cidade. A pena com que a princesa Isabel assinou a liberdade dos escravos está no Museu Imperial.

O Palácio de Cristal foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Confluência.

Conhece-se pelo nome de Palácio de Cristal não apenas o pavilhão, produto da Revolução Industrial que acontecia na Europa, como o próprio logradouro, totalmente ajardinado e com repuxos. Atualmente é utilizado para eventos culturais.

UM PATRIOTA DIGNO DE EXCELSOS LOUVORES

Alberto Santos Dumont, inventor brasileiro, nascido na Fazenda Cabangú, Palmira, atual Santos Dumont, em Minas Gerais em 20 de julho de 1873 e falecido no Guarujá, São Paulo em 23 de julho de 1932, após ver São Paulo ser bombardeada por aviões na revolução de 1932.

CASA DE SANTOS DUMONT

Construída no antigo morro do Encanto em 1918. Foi em 18 de abril que efetuou a compra do terreno. Foi desenhada e planejada por Alberto Santos Dumont com ajuda do engenheiro Eduardo Pederneiras para servir de residência de verão; e devido a sua localização foi carinhosamente apelidada de “A Encantada”.

Antes da construção da casa "A Encantada", em 1904, Santos-Dumont lançaria seu primeiro livro autobiográfico, "Dans l'air" (traduzido para o português como "Os Meus Balões"). Ele ainda lançaria outra autobiografia, em 1918 ("O que Eu Vi, o que Nós Veremos"), e escreveria um terceiro livro (nunca publicado, mas já conhecido pelos historiadores), "O Homem Mecânico", em 1929.

LOCALIZAÇÃO DA CASA DE SANTOS DUMONT

O Museu ou Casa de Santos Dumont, mais conhecida como "A Encantada", está situado no município de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Endereço: Rua do Encanto, 22 – Centro. Visitação: terça a domingo de 9h30m às 17h. A visita é guiada e mediante simbólico pagamento à guisa de contribuição para a manutenção do imóvel.

A casa de Santos Dumont é uma pitoresca residência incrustada em uma localidade íngreme na cidade de Petrópolis. Os guias turísticos contam que: “Santos Dumont recebeu o convite de veranear em Petrópolis da Princesa Isabel, na época áurea das temporadas na cidade serrana durante o Império, e ao aceitar o convite decidiu construir uma casa que atendesse as suas necessidades.”.

A rua escolhida é hoje chamada em Petrópolis de Rua do Encanto, mesmo nome dado à casa do aviador. A Encantada revela muito da personalidade de Santos Dumont. Uma ampla sala servia-lhe ao mesmo tempo, de biblioteca, escritório; no pavimento inferior, sua oficina e laboratório, na parte de cima, banheiro e quarto de dormir.

PARTICULARIDADES DA CASA DE SANTOS DUMONT

No terraço, encravado na cobertura de folhas de flandres, o observatório onde passava horas observando os astros. Foi lá que escreveu seu segundo livro, o autobiográfico " O que eu vi. O que nós veremos.".

O prédio é um chalé do tipo alpino francês. Uma curiosidade da casa é que não existia cozinha e todas as refeições vinham do Palace Hotel, atual prédio da Universidade Católica de Petrópolis, junto ao Relógio de Flores.

A casa possui algumas peculiaridades, como uma de suas últimas invenções que é o chuveiro com água quente, o único do Brasil àquela época, sendo aquecida a álcool, e também a escada externa onde se pode somente começar a subir com a perna direita, e a interna que se pode subir com a perna esquerda, e a própria arquitetura da casa onde não é utilizada divisórias entre os cômodos.

Outro detalhe que chama a atenção dos visitantes é o fato de “A Encantada” ter uma saída (Escada de pedras) pela lateral esquerda — vista de frente — da casa. O imóvel possui três andares, além de um observatório, por sobre o telhado onde drapeja dia e noite um pavilhão nacional. Essa bandeira nacional (Exaltação da nacionalidade) é a maior prova do espírito nacionalista de Alberto Santos Dumont.

FÁBRICA DE CERVEJA BOHEMIA

Uma experiência cervejeira. Esse é o lema apresentado pela cervejaria Bohemia a quem chega à fábrica da companhia, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Para quem é fã da bebida, a visita ao local pode ser encarada como mais do que uma simples experiência. A ida à cervejaria é uma espécie de passeio num parque de diversões para os amantes da popular loira gelada.

No mesmo espaço físico onde milhões de litros são produzidos, o visitante tem a oportunidade de conhecer a história da cerveja em todo o mundo, descobrir segredos da bebida, e como não poderia deixar de ser, degustar tudo que é produzido ali.

E quem vai à Petrópolis conhecer a fábrica da tradicional cervejaria tem uma oportunidade única de beber os elogiados chopes da marca. A Bohemia distribui apenas cerveja em todo o Brasil. Os diferentes tipos de chopes da companhia são vendidos com exclusividade no bar da fábrica. Quem vai até lá tem a oportunidade de experimentar desde o tradicional chope Pilsen até os tipo Premium, como o Confraria e o Imperial.

O OURO LÍQUIDO MAIS ANTIGO DO BRASIL

A Bohemia é a cervejaria mais antiga do Brasil. Surgiu em 1853, originalmente batizada de Imperial. Anos depois, com mudanças no controle e fusões com outras cervejarias, passou a se chamar Bohemia. Em 1960, foi comprada pela cervejaria Antarctica, que anos mais tarde foi adquirida pela Ambev, empresa que controla a Bohemia hoje em dia.

Em 1998, a fábrica de Petrópolis foi fechada, e a produção passou a ser feita na unidade fabril de Jacarepaguá, bairro da zona oeste da capital fluminense. A tradicional fábrica na região serrana foi reaberta em 2012, depois de passar por uma revitalização.

Juntamente com a modernização, foi construído um museu voltado para a cerveja. Lá, é contada a história da bebida desde seu surgimento, quando a cerveja foi criada pelo sumérios, que creditavam a criação da bebida à deusa Ninkasi, que teria transformado água e cereais em ouro líquido.

A SAGA OU OS ENCANTOS DE CADA CANTO DA CERVEJARIA

A evolução da bebida ao longo dos anos é mostrada durante o passeio. A história da cerveja no Brasil também é apresentada e, por fim, a trajetória da própria Bohemia, inclusive com objetos antigos, que foram utilizados ao longo da história da cervejaria.

Diversos guias contam todo esse histórico, e explicam também as diferenças entre os tipos de cerveja, como se faz a bebida e as melhores formas de degustação. Em diferentes etapas, o visitante tem a oportunidade de saborear a própria cerveja produzida ali.

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NOTAS REFERENCIADAS

— Consulta a livros sobre o Rio de Janeiro e sua história, Blogs, textos e folhetos sobre o assunto em comento;

— Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre;

— Relato de visita ao local pelo autor desta página.