Segregado para desumanizar

Desde muito cedo aprendemos a não julgar e não olhar para o outro com acusações. O tempo parece que foi passando e fomos esquecendo isso. O que nos orgulhavamos era de ver o homem como um todo. Ele era importante como criação de Deus. Isso nos fazia ter cuidado com sua imagem e personalidade.

As palavras foram mudando e nosso comportamento também. Passamos a ver o homem como partes a personalizar.

Dividimos ele em sexualidade, partidos e crenças. Seu tratamento depende desses fatores agora. Seus desejos passou a ser o que te exalta ou diminui.

Você quer ser chamado pelas suas tendências e não pelo SEU VALOR. Você quer ser exclusivo e não parte do todo. Sendo assim nos tornamos excelentes em marcar o outro.

O que não conseguimos ainda entender é que isso está cada dia nos afastando uns dos outros e nos conectando apenas aos comuns. Gerando em nós uma exclusão extrema do diferente.

Infelizmente essa nova modalidade de ver o humano nos afastou, e não nos ensinou nada. São grupos de iguais lutando contra os que acham ser diferente.

Esquecemos que todos somos iguais perante aquele que nos criou. Nossa qualidade não está na tendência sexual, nem nos nossos desejos que devem ser controlados e moderados.

Quando mais longe de Deus estamos caminhando, menos humanos estamos nos tornando. Sendo reles seres viventes sem amor, sem compaixão e longe uns dos outros. Porque conviver com pessoas tem sido insuportável segundo alguns.

O seu valor não está em ser, mas em estar junto ao outro. Sozinho você é apenas alguém, juntos somos comunidade, somos luta por sermos melhores. Separados somos presa fácil ao egoísmo e separados por classes e nomes que não dá significa real ao cotidiano.

Hoje temos os grupos de tudo e de todos e esses não falam entre si, apenas se acusam, se machucam e se afastam da humanidade em nós.

Precisamos voltar todos os dias ao carpinteiro, refazer as arestas, passar de novo pelo formão e nunca esquecer que somos para estar juntos e não separados.

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Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 25/03/2024
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