ANTONIO GARCIA FILHO, o fundador do MAC (Movimento de Apoio Cultural à Academia Sergipana de Letras)

A Academia Sergipana de Medicina apresenta Antonio Garcia Filho, nascido em 29 de maio de 1916 em Rosário do Catete/SE, filho de Antonio Garcia Sobrinho e Antonia Menezes Garcia. O rosarense formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1941. Antonio começou a desenvolver a profissão de médico na cidade de Laranjeiras. Mudando-se depois para Aracaju, passou a trabalhar na Ferrovia Leste Brasileira. Militou na imprensa e na política. Filiou-se ao PSB, elegendo-se vereador de Aracaju. Idealizou e fundou o primeiro centro de reabilitação física de Sergipe, o Museu Histórico de Sergipe localizado em São Cristóvão e desempenhou importante papel na Fundação da Faculdade de Medicina de Sergipe, da qual foi primeiro diretor. Professor da disciplina Bioquímica até se aposentar como Professor Emérito. Pró-Reitor da UFS e introdutor da disciplina Anestesiologia na Faculdade de Medicina, sendo o primeiro a ministrar a matéria. Primeiro Secretário de Educação, Cultura e Saúde de Sergipe, no Governo do irmão Luiz Garcia. Membro da Academia Sergipana de Letras, na cadeira 1, cujo patrono éTobias Barreto de Menezes. Poeta e compositor. Presidiu o CREMESE, a SOMESE, o Conselho Estadual de Cultura e a Academia Sergipana de Letras, esta por três mandatos. Fundou o MAC – Movimento de Apoio Cultural. Escreveu os livros “A Reabilitação em Sergipe” e “Um Pensamento na Praça”. Faleceu em Aracaju no dia 23 de junho de 1999, aos 83 anos.

O Senado Federal manifestou-se pelo falecimento de Antonio Garcia Filho, Presidente da Academia Sergipana de Letras, com o requerimento:

"- apresentado na sessão do dia 30 de junho, às 14h30, em virtude da aprovação do Requerimento

nº 392/99, dos Senadores Antônio Carlos Valadares, José Eduardo Dutra e da Senadora Maria do Carmo Alves".

Lúcio Prado Dias, em seu artigo intitulado Antonio Garcia Filho, o número 1, lembra que na década de 50, médicos renomados quiseram fundar uma escola de medicina no Estado de Sergipe, mas não obtiveram sucesso, o que “se tornou possível quando Garcia, comandando a Secretaria de Educação e Saúde, no governo do irmão Luiz (...) costurou estratégias para enfrentar os enormes desafios, quando não a omissão de alguns”.

O médico pesquisador citado por último adianta que Antonio Garcia fundou o Museu Histórico de Sergipe, em São Cristóvão e foi o responsável introdução da técnica da neuroleptoanalgesia em Sergipe e foi o primeiro professor da disciplina na Faculdade de Medicina.

Neuroleptoanalgesia, segundo dicionários especializados, é a indução da anestesia com o uso de anestésico mais neuroléptico. Neuroléptico é o medicamento que exerce um efeito depressor global sobre a maior parte das funções cerebrais, que acalma a indução da anestesia com o uso de anestésico mais neuroléptico. Neuroléptico é o medicamento que exerce um efeito depressor global sobre a maior parte das funções cerebrais, que acalma a agitação e a hiperacatividade neuromuscular proporcionando um estado de tranquilidade e descontração. Os neurolépticos são prescritos em diversas psicoses em que predominam a excitação e os estados delirantes com agitação e agressividade.

A Wikipédia atesta que

"A idéia da criação da Faculdade de Medicina de Sergipe, surgiu na década de 50 fruto do espírito científico que dominava o corpo médico do Hospital de Cirurgia, então o mais bem aparelhado Hospital do estado, sob a liderança do Dr. Augusto César Leite, a maior expressão médica da época. Em 12 de junho de 1953 foi criada a Sociedade Civil Faculdade de Medicina de Sergipe, que seria responsável pela Faculdade de Medicina e escolhidos os médicos que seriam os futuros professores. Só em 1959 é que o processo de criação do curso de Medicina teve prosseguimento e em 1960 graças ao apoio decisivo do governador Luiz Garcia e do Prof. Antônio Garcia Filho, então Secretário da Educação, Cultura e Saúde, em 21 de janeiro de 1960 foi eleita a primeira diretoria da Faculdade de Medicina de Sergipe, sendo o Prof. Antônio Garcia Filho seu primeiro Diretor. Em 11 de janeiro de 1961 o Presidente Juscelino Kubitschek assinava o decreto no 49.864 que autorizava o funcionamento do curso, tendo sido abertas inicialmente 20 vagas e em 16 de fevereiro de 1961 realizou-se o primeiro vestibular, com 54 inscritos dos quais apenas 9 foram aprovados. O curso funcionou inicialmente nas dependências do Instituto Parreiras Horta e em 1962 foi transferido para o Hospital de Cirurgia onde permaneceu por mais de duas décadas, quando foi transferido para o Hospital Universitário em 1989. O curso foi reconhecido em 10 de setembro de 1966 pelo decreto no 59.226. Em 28 de fevereiro de 1968 foi criada a Universidade Federal de Sergipe. Em 1970 com a criação do curso de Odontologia passou a denominar-se Faculdade de Ciências Médicas da UFS. Em 1979, com a reforma administrativa, passou a compor junto com outros cursos o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Hoje o curso de Medicina é ministrado no Hospital Universitário, sede do 4o Distrito Sanitário de Aracaju.

Neste ano de 2008, Sergipe presta homenagens a Antonio Garcia Filho, como no o caso do evento realizado na Academia Sergipana de Letras, dia 30 de maio com lançamento do livro Antonio Garcia Filho e a Faculdade de Medicina _ criador e criatura.

Outra homenagem foi promovida pela Prefeitura de Aracaju, quando criada a nova sede do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Anísio Dário) e do CEPS (Centro de Educação Permanente da Saúde Antônio Garcia Filho".

Antonio Garcia Filho criou a 25 de agosto de 1984, o Movimento Cultural da Academia Sergipana de Letras, que passou a ser denominado Movimento Cultural Antônio Garcia Filho. Esse núcleo de difusão cultural reúne escritores, entre eles, José Ferreira Lima, Cléa Maria Brandão Mendes, atual Coordenadora, Ângela Margarida Torres de Araújo, Tânia Maria da Conceição Meneses Silva, Marcos Almeida, Gustavo Aragão, Josefina Cardoso Braz, Domingos Pascoal de Melo e Sergival Silva.

A importância desse Movimento Cultural, no cenário acadêmico é comprovada, pois, alguns dos integrantes foram eleitos para cadeiras acadêmicas, dentre eles: José Lima Santana, Acelino Pedro Guimarães, Maria Lígia Madureira Pina, Marlene Alves Calumby, Bemvindo Salles de Campos Neto, Marcelo Ribeiro, Luzia Maria da Costa Nascimento (ex-Coordenadora) e o médico cardiologista Marcos Almeida.

A produção cultural do MAC garante aos seus membros um lugar ao sol da Imortalidade, como o afirmou Campos Neto, um espaço privilegiado na Academia Sergipana de Letras.

O MAC dispõe de vinte Cadeiras que homenageiam os patronos: Antônio Garcia Filho (n° 1), Marcos Ferreira de Jesus (n° 2), Luiz Rabelo Leite (n° 3), Felte Bezerra (n° 4), Severino Pessoa Uchoa (n° 5), José da Silva Ribeiro Filho (n° 6), João Freire Ribeiro (n° 7), João Batista Perez Garcia Moreno (n° 8), Urbano Lima de Oliveira Neto (n° 9), José Augusto Garcez (n° 10), Zózimo Lima (n° 11), Florentino Teles de Menezes (n° 12), Graziela Cabral (n° 13), José Maria Rodrigues Santos (n° 14), João Fernandes de Brito (n° 15), Núbia Marques (n° 16), Clodoaldo de Alencar (n° 17), Orlando Dantas (n° 18), Epifânio da Fonseca Dória e Menezes (n° 19) e Augusto César Leite (n° 20).

Algumas posses mais recentes foram: Professora Tânia Maria da Conceição Meneses Silva, para a Cadeira no. 8, cujo patrono é o médico sergipano, Dr. João Batista Perez Garcia Moreno; Professora Ângela Margarida Torres Araújo, Cadeira no. 12, de Florentino Menezes; artista plástico Leonardo Alencar, Cadeira no. 17, de Clodoaldo de Alencar; Dr. Marcos Almeida, Cadeira no. 20, de Dr. Augusto César Leite; Jandira Freire Amado, Cadeira no. 6, de Gilberto Amado; Domingos Pascoal, Cadeira no.11, de José Bonifácio Fortes Neto.

O advogado, membro da OAB/SE e do Movimento Cultural Antonio Garcia Filho, anexo à Academia Sergipana de Letras, e também colunista do Portal Infonet, Domingos Pascoal, lança seu primeiro livro, intitulado ‘Experimente Mudar’. A obra é uma coletânea de 33 artigos publicados pelo autor na Revista Perfil entre 2004 e 2007. Os textos versam sobre temas como o relacionamento humano na família, no trabalho e na interação social.

O jornal O Correio de Sergipe.com, de 28 de maio de 2008, publicou a seguinte nota que diz respeito ao MAC e seu Coordenador de Honra:

"Presença obrigatória em grandes eventos culturais, José Ferreira Lima, ou melhor, Ferreira Lima como é mais conhecido, nasceu em Aracaju. Filho de Waldomiro Ferreira Lima e Edyla de Souza Lima da cidade de Propriá, aos 85 anos, realiza seu grande sonho, lançar seu primeiro livro. Sob o título "Retalhos de Uma Vida", a obra traz crônicas, críticas e muitas poesias".

Antonio Garcia Filho recebe neste mês de maio inúmeras homenagens. O livro de Eduardo Antonio Conde Garcia, ANTONIO GARCIA FILHO E A FACULDADE DE MEDICINA DE SERGIPE: CRIADOR E CRIATURA, significa muito, não apenas por ser o presente de um filho, mas porque

Eduardo Antonio registra o legado de um sergipano culto e empreendedor e atesta que o pai “Fundou o Movimento de Apoio Cultural, hoje denominado de Movimento de Apoio Cultural Antonio Garcia Filho (MAC) com o intuito de reunir vocações literárias em torno da Academia de Letras”.

Além de tudo, Antonio Garcia Filho era poeta:

SONS DE OUTRORA

Antônio Garcia Filho, 1970

A cidade de outrora

Volta agora

Ao som do sino

Lembrando que ainda mora

Em mim

O mesmo menino

Morreu alguém

Talvez não

Que o sol está a pino

Com tanta luz e calor

É natural “esse sino”

Batalhão de calça curta

Tambor de lata _

Volver!

Somos soldados da Paz

Da alegria de viver

E o sino

Dobra gemendo

Sonorizando uma dor

Não é possível morrer-se

Com tanta luz e calor

É a novena de maio

Catecismo ou procissão

É capaz de ser ensaio

Para a festa de São João

ESTRELAS

Antônio Garcia Filho

Há de haver

Somente estrelas pequeninas bem menores

que a palma da mãozinha da menina

Há de haver!

O astronauta

Em breve vai dizer

Que se desdobraram em milhões de cores

Piscando, piscando

A conversar com a gente

Ah! Ele vai dizer!

As grandes

As muito grandes

As chamadas do tamanho de milhões

E anos-luz distantes

Não são propriamente estrelas

Não podem ser

Ele vai ver

Que se movimentam como monstros

Querendo engolir a Terra

E comer gente

Isso é lá estrelas?

Estrela é a pequenina

Cintilante

Reluzente

Conversante

Que cabe bem direitinho

Na mãozinha da menina.

REFERÊNCIAS

Garcia, Eduardo Antonio Conde. Antonio Garcia Filho e a Faculdade de Medicina de S, criador e criatura. Aracaju: SERCORE Artes Gráficas, 2008.

http://iaracaju.infonet.com.br/asl/apresentacao_down.htm

http://www.aracaju.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=34540

http://www.senado.gov.br/web/relatorios/RelPresi/1999/013-Sessoes.PDF

http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Federal_de_Sergipe

http://www.tj.se.gov.br/tjnet/noticias/noticiacompleta.wsp?tmp.pesq=1243

http://iaracaju.infonet.com.br/serigysite/ler.asp?id=299&titulo=Novidades

http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_11893.php

http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/10/glo_id/243/menu/2/

http://www.sbhm.org.br/index.asp?p=medicos_view&codigo=238

http://www.infonet.com.br/lucioprado/ler.asp?id=50515&titulo=Lucio

http://www.infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=35500&titulo=Luis_Antonio_Barreto