MST, a farc brasiliana

Aos poucos tudo vai se aclarando!

Quando surgiu, estranhou-se o movimento. Todos, ou pelo menos a maioria, aceitou-o de bom grado. A final era um movimento que visava dar terras ociosas a quem realmente queria e poderia fazê-la produtiva.

Justo. Justíssimo.

A final brigavam por um direito natural: o uso social da terra ocupada e tomada de seus verdadeiros ocupantes e que mais tarde foi estabelecido como principio constitucional, isso no nascer da atual república pelos Constituintes de 1988, no alvorecer de uma era que se instalava sob o patrocínio do inesquecível Ulisses Guimarães.

Tão inesquecível que não chegou a morrer. Preferiu, simplesmente, desaparecer!

Mas, voltemos ao tema.

O movimento instalou-se vitorioso na região sul, depois vieram os movimentos de Trombas e Formoso (Goiás) Todos visando unicamente terras ociosas de grandes propriedades ou terras ocupadas por lavradores e sem a devida titulação e que estavam sendo pretendidas por “grileiros” e grandes proprietários rurais.

A seguir vieram os movimentos do nordeste paulista e sul fluminense onde não havia terras verdadeiramente ociosas e, sim, uma população de quase 3,5 milhões de pessoas e uma industria de porte já realmente instalada. O movimento era mais promocional que reinvidicatório.

Promoveu algumas invasões (ato contrário à nossa Constituição e às nossas Leis), mas de forma ordenada e pacífica e sobre terras verdadeiramente ociosas. Terras que precisavam produzir por gente que sabia amanhá-las.

Justíssimo o movimento.

Aí aconteceram fatos que não se pode entender e, muito menos, aceitar.

As novas terras invadidas não eram e não são ociosas!

E o movimento continuou. Novas invasões sobre terras não ociosas continuaram a acontecer e com um novo gravame: todas localizadas em sítios periféricos a zonas de grande produtividade ou densidade demográfica.

Não queriam, verdadeiramente, terras improdutivas, o império constitucional. Pretendiam, agora, terras bem situadas e, economicamente valiosas. O nordeste paulista e o sul fluminense tornaram-se o alvo principal. E o Vale do Paraíba com população estimada em mais 3,3 milhões de habitantes, um parque industrial de vital importância para o desenvolvimento cultural e financeiro do Brasil e uma área ínfima de terras agricultáveis totalmente fora daquilo que se poderia chamar de terras ociosas.

Com a desculpa da REFORMA AGRÁRIA instalou-se, definitivamente a INVASÃO DE TERRAS, movimento à revelia das leis e afrontoso às normas legais que estabelecem o Estado de Direito em pleno vigor.

E o Governo Federal, talvez pensando nos votos que poderia angariar e no novo sentido que queriam imprimir a palavra DEMOCRACIA fez corpo mole e, talvez esforços por “baixo dos panos” junto aos tribunais para que desconhecessem certos aspectos legais e não fizessem usos dos verdadeiros remédios que são empregados quando uma “briga” de terras emerge entre dois simples e únicos indivíduos.

E apareceu Carajás que veio, verdadeiramente, incendiar a questão.

Num confronto entre policiais militares do Pará, que tinha por único escopo a manutenção da ordem e o império da lei diversas pessoas foram sacrificadas, dentre as quais certo números de invasores de terras. Invasores estes que tinham por meta invadir e ocupar terras não ociosas.

E as invasões, agora a “manu militare”, continuaram a ocorrer, como até hoje ocorrem, omo se viu recentemente nos noticiários.

Ontem, as invasões eram pacatas e silenciosas, verdadeiras invasões de terras feitas por reais trabalhadores rurais que queriam produzir.

Hoje, não são invasões. São verdadeiras OCUPAÇÕES MILITARES, eis que os ditos “Sem Terras” chegam com contingente armado e trazendo toda uma “tralha” doméstica, salas de aula, crianças e professores, uma proteção a, talvez, uma justa defesa da gleba pretendida roubar ou a uma decisão judicial que deveria acontecer por inteiro e, não pelas metades, eis que a decisão para desocupação não mais sai como deveria ou não é verdadeiramente cumprida ou o é pelas metades.

Não satisfeitos com as invasões de terras ociosas ou não, agora invadem e destroem prédios públicos e empresas do negócio agrário, veja-se a invasão da Câmara dos Deputados e as invasões dos centros de pesquisas da Aracruz Celulose bem como o bloqueio e interdição da CEF, de rodovias e ferrovias.

E, muito pior, aquilo que é destruído como vingança a determinação legal da desocupação não é reposto ou indenizado. Saem como verdadeiros vitoriosos e não como verdadeiros vândalos, ladrões de terras e perturbadores da ordem pública e, muito pior, financiados pr verbas federais.

O movimento transformou-se.

É, agora, um movimento de caráter verdadeiramente político, muito ao contrário de quando nasceu que era, tão e somente, reinvidicatório.

Agora tem força política e pode fazer eleger seus candidatos.

Estará o MST se preparando para transformar-se numa força “para militar” e fazer instalar um verdadeiro movimento revolucionário à semelhança da Farc Colombiana?

Será o MST uma presente ou futura Farb (Força Armada Revolucionária Brasiliana)?

Tudo nos leva a crer que sim. É o que nos permite pensar o “governo populista e demagogo” do Senhor Lula.

REGIS BONINO MOREIRA
Enviado por REGIS BONINO MOREIRA em 12/06/2008
Código do texto: T1031493
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.