Relembrando um grande amigo

Pelo o que representou em nosso meio e pela relevância de suas ações em prol de muitos, nunca é demais relembrar desse amigo que partiu deste mundo, certamente por ter cumprido bem sua missão neste orbe terráqueo, se credenciando junto à Engenharia Sideral para continuar prestando seus relevantes serviços de paz e amor em outras latitudes. Foram poucos os seres humanos que souberam aproveitar, como ele, as chances de sempre fazer bem ao próximo. Em outro texto que escrevi a seu respeito, “O amigo de sempre”, eu vaticinara que ele: “Gostava de ajudar na solução de problemas que envolvia exclusão social, motivo pelo qual, reputo que o mesmo já se encontra no panteão dos Servidores do Cristo”. Pelo tom usado aqui, acho que ficou bem claro que estou fazendo referência ao amigo e irmão, EVARISTO ROBERTO VIEIRA CRUZ.

Nunca pude retribuir-lhe todo o bem que me causou, principalmente o de tê-lo conhecido e ter desfrutado da condição de seu amigo. Entretanto, gosto de recordar algumas das várias passagens em nossa vida. Para matar a saudade, recordo um dia em que eu trafegava por perto da antiga Rodoviária de Barra do Garças, Mato Grosso, quando vejo sua esposa com as crianças conversando com algumas pessoas. Parei meu automóvel e fui encontrá-los, quando ela, sua esposa dissera-me que eles vinham do litoral e após passarem por Bom Jardim com destino à Barra do Garças, o automóvel em que eles viajavam deu problema com um dos pneus estourando. Dissera-me ainda, que o estepe também estava furado e que ela e as crianças pegaram carona, mas que o Beto havia ficado no carro a espera de ajuda. Avisei-lhe de que o problema seria solucionado imediatamente. Passei na residência do Dr. Aldemar Araújo Guirra que possuía um automóvel com a bitola do pneu igual a do meu amigo e sabendo que o Dr. Guirra era também amigo do Beto, solicitei-lhe emprestado dois pneus para ir socorrer o nosso amigo. Não preciso nem dizer a alegria do ajudado que disse: “Só você mesmo, Dom Muriçoca, para me socorrer. É chato ter um amigo como você”.

Nunca me cansarei de afirmar: Esse era o Cara. Era não, ele é o Cara. Pois, pela bagagem conquistada neste mundo, não seria absurdo pensar que, onde quer que esse cara especial, oriundo de Cataguases, Minas Gerais esteja, continua levando paz a todos ao seu redor. O Roberto Cruz ou Beto, como o chamávamos, era também um paladino da boa nova e, por isso, dizia sempre palavras de esperança, colaborando em muito para tornar o mundo melhor. Roberto Cruz, dentro de suas limitações de ser humano, transcendeu a si próprio e, por isso, será eternamente relembrado por seus incontáveis amigos pelo país afora.

Amarú Inti Levoselo
Enviado por Amarú Inti Levoselo em 26/06/2008
Reeditado em 27/06/2008
Código do texto: T1053119
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