manta de retalhos

ONDE MUDO O MUNDO

digo para mim qualquer coisa,

acho que nem escuto: quando

dou conta já estou a escrever

procurando o ritmo cativante

de escrever o ver o crer, ser

o és do es_cre_ver como vejo

o sentir dos sentidos nu modo

mudo movimento-me sempre

para atingir o som do Silêncio!

Cansa-me escrever poesia e com isso... apenas escrever Poesia, fazer poemas. Por esse motivo este meu diário é a "manta de retalhos" de facturar, fracturar... ideias fractais que vão das palavras ao seu excesso que é também a sua carência, procurando no conjunto um todo onde tudo possa ter lugar

esta exactidão onde o que está a mais é como o lugar da onda guardado pelo mar, o novo amor que chega onde o amor é novo, a definição que define a acção, a acção indefinida onde tudo começa quando qualquer coisa acaba, nem que seja um pensamento

assim procuro em cada momento encontrar o tempo, este tempo que cubro com este texto onde penso e falo de todos os textos peças deste artigo único em variedade de formas, sons e colorido(s)

o masculino escrito na feminina escrita ou vice-versa debaixo desta ma(n)ta ou sobre esta manta...

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 02/02/2006
Código do texto: T107266