ONZE DE SETEMBRO: HEGEMONIA NORTE-AMERICANA EM LUTO!

Onze de setembro de 2001. Aviões terroristas atingem as torres gêmeas do World Trade Center - um dos símbolos da hegemonia norte-americana, que desmoronam minutos depois como castelos de areia. A imensa nuvem de poeira cobre Nova York. Trezentos e cinqüenta bombeiros mortos, na tentativa heróica de salvar os milhares de soterrados. A polícia local corre, tenta conter o pânico, que as câmeras da CNN não nos deixam deletar da memória...


Novo avião atinge a base do Pentágono. Os americanos choram, não acreditam no que vêem. O mundo assiste à tragédia pela TV. Tudo ao vivo, via satélite... Rezas e rezas pelo mundo ocidental, em nome das vítimas; alegria e alegria nas ruas do mundo oriental. Osama Bin Laden é exaltado em sua Terra, torna-se o herói dos excluídos, daqueles que temem olhar nos olhos afoitos de uma “águia” desalmada. Bandeiras americanas queimam no Iraque, no Irã, e em outros países do lado de lá.

Do lado de cá, a fome por notícias estoura a audiência do Jornal Nacional. Programas policiais como o Brasil urgente, da Bandeirantes, e o extinto Cidade Alerta, da Record, lucram com a tragédia. Ganham dois dígitos no Ibope e comemoram em cima da carnificina, como se tudo aquilo não passasse de cenas rodadas nos estúdios da Universal.


A Globo derruba a programação, põe ao vivo a repórter Zileide Silva, que na condição de “papagaio”, só repete o que a CNN vende como verdade.


Dias se vão, vem a ofensiva militar comandada pelo Tio Sam. O Afeganistão é invadido, civis bombardeados, dessa vez o mundo não se comove, festeja; afinal, os americanos dizem estar libertando o país da ditadura e da opressão dos Talebãs, defensores natos da guerrilha comandada por Bin Laden - o deus do terrorismo, cuja santidade transcende qualquer explicação terrena.


Conhecedor das práticas mágicas assim como Mister M, Osama desaparece. Talvez esteja escondido em uma caverna do oriente, na densa selva africana, nas favelas cariocas ou mesmo na Casa Branca, disfarçado de presidente dos Estados Unidos...

De certo mesmo é o sangue das vítimas, o choro assustador das crianças, os corpos apodrecidos ao relento e a passividade dos principais líderes mundiais ante ao surto americano e ao holocausto que eles promovem em nome de uma LIBERDADE, que de liberdade mesmo, só tem o nome...