AS ESCOLHAS QUE FAZEMOS

Desde muito cedo aprendemos que a vida é feita de escolhas. E crescemos em constante treinamento para que consigamos sempre fazer a escolha certa, o que é humanamente impossível. Ninguém erra sempre, tampouco acerta sempre. Durante boa parte da vida as escolhas são de caráter particular e as suas consequências afetam apenas a quem precisa fazê-la. Mas chega um tempo em que as escolhas passam a afetar a vida de quem está em volta, e então, fica cada vez mais difícil optar por um ou outro caminho. E é nesse momento que realmente o ser humano começa a amadurecer; quando torna-se responsável não apenas pelo seu destino, pelas suas dores, mas quando seu poder de decisão pode vir a afetar outras pessoas. Surgem os dilemas, as dores, as frustrações. Teoricamente é muito interessante analisar a máxima que diz que cada indivíduo deve primeiramente pensar em si mesmo e em suas realizações e que essa atitude nada tem de egoísta. Mas saber-se causador da dor alheia, por mais que ela pareça pequena diante de nosso horizonte, é uma carga muitas vezes quase insuportável. É preciso sim saber abrir mão, desapegar, guardar desejos e sonhos, esconder a lágrima no fundo do coração... Assim segue a vida! Guardando aqui mas buscando novos caminhos ali. Essa questão não é privilégio de poucos, mas da maioria dos seres humanos. Não se pode chegar ao limite de uma frustração total, mas quando a vida não mais pertence a uma só pessoa, muitas de suas atitudes tem que ser analisadas no conjunto da sua existência.

E a vida tem que seguir em frente, assumindo cada um as consequências das escolhas, com coragem e determinação.

Rose Elizabeth Mello
Enviado por Rose Elizabeth Mello em 10/02/2006
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