Não estou em paz com minha sexualidade, e agora?!

Essa é uma das poucas importantes perguntas que muitas pessoas se fazem quando a insônia está presente, ou quando se postam na frente do espelho a pensar na vida.

Muitas dessas pessoas enquadram-se na categoria “jovens e/ou adolescentes de 12 a 18 anos de idade”, ao mesmo passo que também pode-se observar (um pouco das) pessoas preenchendo a categoria “dos maduros que antes tinham firme relacionamento orientado ao heterossexual”. Mas, para se obter a resposta à tal pergunta, por sinal simples e nem um tanto problemática, basta simplesmente ter conhecimento do fator generosidade para consigo mesmo.

Se se está ou se sente atraído por pessoa(s) de mesmo sexo, deve-se ver a concreticidade dentro deste pensamento quanto orientação sexual. Você está mesmo sentido-se completo ao idealizar ou tentar viver com alguém de igual sexo, ou apenas seus sentimentos estão confundindo companhia, admiração e amizade com paixão ou amor ambíguo?

Há, sim, casos em que a atração por pessoas de mesmo sexo se dá apenas por admiração ou por gosto da companhia que se tem da outra pessoa. Isso pode ser explicitado ao vermos a confiança que uma criança tem por seu professor, por exemplo, ou do sentimento que se tem ao estar acompanhado por alguém interessante, de iguais pensamentos e sempre presente. Muitos ainda confundem uma forte amizade com o início de um amor possivelmente bom. É preciso saber distinguir tais sentimentos e colocar tudo em seu lugar, afinal, se isso ocorre entre duas pessoas, a confusão de emoções que daí vem pode prejudicar seriamente ou um dos dois ou ambos, irreversivelmente.

Para dizer que se gosta de alguém de mesmo sexo, é imprescindível ver se tudo isso realmente contribui para suas complementações pessoal, sexual e psicológica; se nada disso é passageiro, coisa de momento; se há a possibilidade de construir algo sólido ao lado da tal pessoa; e, principalmente, se há plenitude em ambas as partes quanto ao amor que se tem e a vida que, a partir de então, ter-se-á.

Uma coisa é certa: não se deve “achar a paz” na sexualidade por pressão ou coerção de outros (os muitos ao redor que abusam da crítica para expor sua errada visão do assunto). Se você se pergunta a essência de sua orientação sexual, tente achar a resposta somente sendo verdadeiro consigo mesmo.

Será que isso me agrada ou não? Será que tudo isso que sinto por ele ou por ela não é simplesmente satisfação por estar ao seu lado, ou arrebatamento e entusiasmo por ele ou ela ser a pessoa que é comigo, ou por ela ou ele ser o único amigo que me entende? Ou será que ele ou ela realmente representa muito (muito) para mim, a ponto de eu não mais poder me enganar por dentro quanto meus sentimentos? — são algumas das perguntas a ser feitas quando há o sentimento de não se estar em paz com sua sexualidade.

Do mesmo autor, aqui no Recanto, leia também:

1. Sobre sexualidade, sobre orientação sexual

Sézar
Enviado por Sézar em 11/02/2006
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