COISAS DA ANTIGUIDADE GREGA

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É mais do que sabido que Sócrates, o maior dos filósofos, foi condenado à morte, pela ingestão do veneno cicuta, acusado de corromper os jovens. Mas, segundo estudiosos, a acusação que realmente o levou a condenação, foi a de renegar os deuses gregos e desacreditá-los diante de seus seguidores. Dizem que este foi o maior de seus erros, pois a sociedade grega, daquela época, estava ainda enraizada às divindades.

Na Antiguidade Grega, acreditava-se que o tamanho do nariz era proporcional ao dos órgãos genitais; portanto, narizes grandes eram sinônimos de virilidade. Por isso, os guerreiros corajosos eram denominados "nasuti". Virgílio, na "Eneida", descreve o costume de amputação da pirâmide nasal em homens e mulheres como punição ao crime de adultério.

Na época de Sócrates, predominava a escola dos sofistas, que tinha como forma de argumentação a oratória e a persuasão. A palavra sofista vem de sophos, que significa sábio, isto é, professor de sabedoria. Porém há um significado pejorativo para sophos: o homem que se vale de sofismas, ou melhor, alguém que usa de má fé para enganar o ouvinte, convencê-lo de alguma coisa que não condiz com a verdade. Atualmente a técnica valer-se de sofisma é à base da propaganda e da política, cujo lema é: um discurso bem feito vale mais do que a verdade.

Os mais famosos sofistas foram: Protágoras (485 a 411 a.C); Górgias (485 a 380 a.C); Híppias (460 e 399 a.C); Trasímaco (459 a.C. a ?); Pródico (450 a 399 a.C.); entre outros. Pitágoras (570 a 596) foi o maior deles.

Não raro, você encontrará artigos de críticos e estudiosos, questionando a autoria de pelo menos uma das duas epopeias de Homero (século VIII a.C.), Ilíada e Odisseia. As diferenças entre elas são várias, sobretudo no que diz respeito ao estilo. Questiona-se até, se ele, de fato, teria existido.

Apolo incumbiu Agamedes – célebre arquiteto grego - e seu amigo Trofônio de construir o seu templo. Depois de terminada a obra, o deus grego premiou a Agamedes e seu amigo com a morte; segundo Apolo, o bem maior a que um mortal poderia aspirar.

Sócrates, que costumava começar o dia, com uma prece agradecendo aos deuses por ter nascido homem, mandou embora suas mulheres, ao ingerir a cicuta, para que seus últimos minutos na terra não fossem preenchidos com as incômodas demonstrações emocionais.

Menendro (famoso poeta grego) desencorajava a educação da mulher, uma vez que, para ele, isso equivaleria a tornar uma cobra mais venenosa.

Os gregos acreditavam que os seres vivos respiravam pelas orelhas. O filósofo Alcmaeon (580AC) escreveu que "o sopro da vida entra pela orelha direita, e o sopro da morte, pela orelha esquerda".

Aristóteles (384-322 a.C.), em seu livro "A História dos Animais" escreveu que as pessoas com orelhas grandes e salientes tinham uma tendência para as conversas sem importância e fofocas.

Para os gregos da Antiguidade Clássica o mito era uma narrativa verdadeira, pois eles confiavam no poeta–rapsodo (o narrador). Acreditavam que o poeta era um dos escolhidos pelos deuses que lhe confidenciavam os acontecimentos passados e lhe permitiam que visualizasse a origem dos seres e de todas as coisas; assim faziam, para que o poeta pudesse transmitir aos humanos os fatos verdadeiros. A função básica do mito era tranquilizar os homens diante de um mundo desconhecido e assustador. Assim como recorriam aos deuses para aplacar a sua aflição, recorriam também aos mitos. ®Sérgio.

TÓPICO RELACIONADO: Coisas da Antiguidade Grega (2).  (clique no link)

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Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 08/08/2008
Reeditado em 18/02/2012
Código do texto: T1119598