Olhando Para a Realidade

Se pensarmos no hoje de uma forma profunda, tentando nos colocar sobrevoando a realidade e escapando da investida intelectual do sistema dominante encontraremos objetos abstratos inacreditáveis que nos rodeiam diariamente. Essa viagem que vou tentar relatar mediante meu olhar para a realidade, utilizando escritores de séculos passados porem atuais.

Na rapidez que vivemos somos bombardeados por informações instantâneas nos induzindo a pensar de uma maneira linear, ou seja, agradando aqueles que comandam o sistema. Não temos tempo para pensar, apenas corremos de um lado para outro em busca da sobrevivência capitalista moderna. Schopenhauer em seu livro "A Arte de Escrever" relata muito bem quando lemos sem pensar ou se não tirarmos um tempo de ócio pensativo estamos fadados a pensar como querem que pensamos, portanto ele escreve: "Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: apenas repetimos seu processo mental, do mesmo modo que um estudante, ao aprender a escrever, refaz com a pena os traços que seu professor fizera a lápis. Quando lemos, somos dispensados em grande parte do trabalho de pensar. É por isso que sentimos um alívio ao passarmos da ocupação com nosso próprios pensamentos para a leitura. No entanto, a nossa cabeça é, durante a leitura, apenas uma arena de pensamentos alheios. Quando eles se retiram, o que resta? Em consequência disso, quem lê muito e quase o dia todo, mas nos intervalos passa o tempo sem pensar nada, perde gradativamente a capacidade de pensar por si mesmo".

Somos um povo que não lemos, apenas recebemos a leitura de uma forma empurrada, sendo assim, nossos pensamentos são muitas vezes de outros nos levando a viver como escravos intelectuais daqueles que possuem o poder. Aqueles que tentam ou tentaram voar de uma maneira diferente da maioria, não respeitando a informação imediatista, e sim, buscando a sabedoria em livros e principalmente no pensamento individual, são colocados como loucos destruidores da boa conduta humana. Pois transmitem novas idéias alertando os "escravos" que existe uma nova realidade, que o poder pertence à nós, apenas devemos nos entregar a loucura consciente. Assim exclama Erasmo no seu livro "Elogio da Loucura", "Com efeito, há algo de mais natural do que ver a Loucura exaltar seu próprio mérito e cantar ela própria seus louvores? Quem poderia melhor do que eu pintar-me tal como sou? A menos que haja alguém que pretenda conhecer-me melhor do que me conheço eu mesma".

Erasmo coloca a loucura como primeira pessoa, demonstrando que para pintar nosso próprio quadro com sinceridade devemos nos tornar loucos, expressando nossa própria inteligência. Termino dizendo que para vencermos a realidade enganoza, devemos acreditar em Deus e procurar conhece-lo verdadeiramente tendo como base a palavra de Deus. São dias difíceis, e para nos mantermos em pé devemos buscar a fé, nos tornando loucos por Jesus. Está escrito em 2 Timoteo 3; "Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão dias difíceis, pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigo de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também destes". São esses que estão no poder mundano e são eles que podem nos dirigir se não pararmos para pensar na realidade!

Eduardo Gamba
Enviado por Eduardo Gamba em 10/08/2008
Código do texto: T1121158
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