Brasil...

A questão da Identidade: A sociedade brasileira quer juntar, e não dividir. Ela não quer ver um Brasil pequeno e outro grande. Ela quer é descobrir como é que eles se ligam entre si, como dependem um do outro, e como os dois formam uma realidade única que existe concretamente naquilo que chamamos de pátria. Por isso o Brasil dividido e vistos em dois, o Brasil com “B” maiúsculo, e o brasil com “b” minúsculo.

O Brasil com “B” maiúsculo: É uma combinação especial das possibilidades humanas.

Tem um padrão, tem valores e julgam as ações humanas. É complexo e tem história. É país, tem cultura, tem local geográfico, memória e consciência de um lugar que se tem ligação especial, afetiva.

O brasil com “b” minúsculo: É o país das possibilidades humanas. Fadado à degeneração e à morte biológica, psicológica e social. É objeto sem vida, autoconsciência ou pulsação interior. É pequeno e defasado das potencias mundiais. É auto-flagelado e desanimado.

O Brasil que não sabe conjugar lei com grei; indivíduo com pessoa; evento com estrutura; comida farta com pobreza estrutural; carnaval com comício político. É um paradoxo, mas não fica no meio termo, é, e não é.

A construção de uma identidade social, assim como, a construção de uma sociedade, é feita de afirmativas e de negativas. A pessoa é diferente de individuo. E assim o Brasil é visto como chave dupla. Um lado moderno e eletrônico e outro Antigo e trabalhado pelos anos.

A casa, a rua e o trabalho: são modos de ler, explicar e falar o mundo. A casa equilibra a rua. O mundo da casa é diferente do mundo da rua.

A casa é tranqüila, é nela que somos membro de uma família, temos tradição, valores, honra vergonha, respeito, etc. Forte moral da vida social. Nela somos classificados por idade e sexo e se tem espaços exclusivos.

O mundo da rua é lugar de movimento, luta competição, anonimato e do individual.

O é o castigo no Brasil. Para os calvinistas americanos, leva a salvação. Como trabalhadores, se tem, o Malandro que trabalha pouco e ganha muito. O renunciador ou santo, que vai trabalhar para outro. Caxias, o cumpridor de leis quem obrigam os outros a trabalhar.

A ilusão das relações raciais. O brasileiro tem preconceito de ter preconceito, mas tem de fato. É um preconceito mascarado, invisível. Já os americanos mostram seus preconceitos de forma direta e formal.

Sobre comidas: Cru, cozido, doce, salgado. Ajudam a classificar coisas, pessoas e até ações morais importantes no nosso mundo.

Carnaval, o mundo como teatro e prazer: Períodos ordinários, momentos como a festa de carnaval, onde a vida “transcorre sem problemas”. Extra-ordinarios, fora do comum, do que se esta acostumada. Catástrofes são extra-ordinarios não planejados. Tragédias são eventos tristes, o que ela ocorre de cômico deve ser inibido.

O que faz o Brasil, Brasil; são as contradições, as ilusões fantasiosas de alguns políticos, os pobres, famintos, ricos, milionários, os letrados e ignorantes, cidadãos e a escoria.

Em suma o Brasil é brasil, pelo fato de ser tão ilusório quanto real, tão singular quanto pluralista.