Universo Feminino

A mulher cearense poderia ter ido buscar para si exemplos de como ser “mulher”, mas preferiu buscar sem si o jeito de ser mulher.

Não quis buscar esse exemplo na canção Mulheres de Atenas do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda.

Entendeu que não seria esse exemplo escravista, em que elas não têm gosto ou vontade, nem defeito, nem qualidade, não têm sonhos; têm medo apenas.

Será que ainda essa mulher não nasce mulher, mas se torna (Beavouir, 1949).

A mulher que tem sido múltipla no dia-a-dia se mostra, ao revelar-se um ser histórico. Agente construtor de vida.

É a professora, a mãe, a advogada, a prostituta, a esposa, a faxineira, e tantas outras que a vida lhe pedir ou impor.

Essa mulher que muitas vezes se constrói na penumbra da sociedade e, que muitas vezes não tem história.

E pra que serviria uma história das mulheres?

Mary Del Priore nos responde: - Para fazê-la existir, viver e ser.

Trazer essa história que muitas vezes permanece presa no recôndito da memória, é fazer justiça ao “Universo Feminino”, quando é explorada não por falta de presença, mas exatamente em função dessa.(Del Priore.p.225).