Educação Ambiental Dificuldade e Sustentabilidade: Ética e Responsabilidade: 
Usam-se as palavras sustentabilidade, ética, responsabilidade para qualquer coisa. Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, crescimento sustentável, sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica, negócios sustentáveis, sustentabilidade ecológica, marketing sustentável, e assim por diante.

A verdade, no entanto, é que poucos compreendem o que seja sustentabilidade. Alguns até sabem o que é, todavia evitam empregá-la no seu dia a dia, mas quando o fazem de forma pontual alardeiam mídia afora para que todos possam vê-lo e homenageá-lo. É o que se convencionou chamar de Greenwash. Há ainda os incoerentes que de um lado acenam com medidas pontuais relacionadas à sustentabilidade, mas de outro praticam atos que demonstram a falta de sintonia entre o que dizem e o que fazem. 

O conceito básico de sustentabilidade é o atendimento das necessidades das gerações atuais, sem comprometer a possibilidade de satisfação das necessidades das gerações futuras. Percebe-se que a definição é perfeitamente inteligível, no entanto, não se pode dizer o mesmo em relação à sua aplicação. Parece-nos que um dos maiores equívocos associados à sustentabilidade é pensar que podemos continuar crescendo indefinidamente, como se não fosse haver um limite. Basta informar que o empreendimento é sustentável para receber a chancela ou simpatia dos diversos stakeholders. Os relatórios do Clube de Roma ou do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas estão a nos dizer o contrário e há muito tempo. 

Segundo essas entidades, o planeta está em perigo e em breve chegaremos a um ponto sem retorno. Ou seja, a Terra perderá a capacidade de se regenerar e, com isso, vão faltar água e alimentos em diversas partes do globo. O aquecimento global chegará a um nível catastrófico dizimando a vida de uma infinidade de seres vivos.
O cerne do problema reside na velocidade da apropriação dos recursos naturais. Essa pegada inconseqüente está longe de diminuir porque, a cada ano, a população planetária cresce e, assim, demanda cada vez mais recursos naturais. É um círculo necessário, mas extremamente perigoso a todos nós. Para complicar um pouco mais, há os empresários inescrupulosos ávidos por lucros imediatos e portadores de belos discursos sobre a temática ambiental, mas que agem contaminados pela visão imediatista do curtíssimo prazo. 

É nesse contexto que surge a sustentabilidade. Ela foi concebida para que o homem, independentemente de suas crenças, possa sensibilizar-se para o real perigo que representa para o planeta. 
O objetivo da sustentabilidade é induzir o homem a reduzir a pegada predatória. Como a biodiversidade planetária está no limiar do esgotamento, todas as atenções da sustentabilidade dirigem-se para o meio ambiente. No entanto, ela possui infindáveis vertentes. 
É, portanto em razão dessas inúmeras correlações que a sustentabilidade se tornou um tema complexo. Não se pode fechar questão em torno dela, tampouco aprisioná-la em conceitos que servem mais para acomodar interesses do que compreendê-la. 

Novas tecnologias menos intensivas de recursos naturais estão sendo criadas para permitir que o desenvolvimento possa continuar. Esse é o caminho aconselhável a todo empresário sensato. Tudo é válido no sentido de reduzir nossa pegada inconseqüente e irresponsável! Por isso, devemos não apenas nos preocupar, mas pôr em prática ações relacionadas ao uso racional dos recursos naturais, preservação da biodiversidade, reciclagem, redução da emissão de gases de efeito estufa, entre outras medidas. 

A complexidade da sustentabilidade decorre do fato de ser necessária a mudança de nossos hábitos e costumes. Para isso é preciso ter ética! É necessário ter respeito para com os seres vivos. Devemos nos preocupar com o próximo! Daí a dificuldade em expandir nossas consciências para além do lugar comum. Não estamos habituados a fazê-lo, e lamentavelmente, poucos possuem boa vontade em ascender a esse novo patamar de consciência. É preciso capacitação e disciplina! Se fosse fácil, o mundo não estaria na situação em que se encontra. 

A maior parte da sociedade humana vive como se fosse à última geração. O desenvolvimento sustentável é uma proposta de combinar as indigências de produção e desenvolvimento com a preservação e reposição dos recursos naturais, ou seja, satisfazer as demandas atuais sem comprometer a qualidade de vida das futuras gerações que busca compatibilizar as necessidades de desenvolvimento das atividades econômicas e sociais com as inópias de preservação ambiental, consentir às obrigações do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. 

As questões ambientais globais atualmente são perceptíveis em qualquer parte do mundo. Exemplos conhecidos desta degradação são: a chuva ácida: resultante da queima de combustíveis fósseis (carvão ou derivados de petróleo) liberando óxidos de nitrogênio (NxOy) e enxofre (SOx) que, combinados com a água, formam os ácidos nítrico (HNO3) e sulfúrico (H2SO4) presentes nas precipitações de chuva, alterando a composição química do solo e das águas, destruindo florestas e lavouras, atacando estruturas metálicas, monumentos e edificações; a poluição da água e solo: o lançamento de efluentes domésticos e industriais sem tratamento no solo e corpos hídricos polui o solo e a água. Os poluentes podem eventualmente atingir grandes áreas, com óbvio prejuízo à saúde e ao meio ambiente. 

O efeito estufa: É um fenômeno natural que regula a temperatura da Terra e vem sendo intensificado devido ao aumento da concentração de gases, como dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os clorofluorcarbonos na atmosfera, provenientes da queima de combustíveis (petróleo, gás, carvão), queima de áreas florestais e agrícolas (queimadas), emissão de gases industriais, fermentações e fertilizantes agrícolas, causando o aumento das temperaturas da Terra e conseqüente elevação do nível dos oceanos; a degradação da camada de ozônio reduzindo a filtragem da radiação ultravioleta e ameaçando a vida em nosso planeta é provocado pela emissão do CFC, gás utilizado até pouco tempo nos trocadores de calor de sistemas de refrigeração e sprays. Presentemente os acidentes ecológicos são acidentes em setores produtivos e de transporte podem lançar grandes quantidades de substâncias nocivas no meio ambiente, provocando sérios impactos ambientais. São exemplos os recentes derrames de petróleo da Petrobrás, a falta de saneamento básico (abastecimento de água, tratamento de esgoto e coleta de lixo): associada ao problema de escassez de moradia, especialmente nos países pobres, onde se constitui causa de 37% das doenças.
Concluindo: Os impactos ambientais são ocasionados por confrontos diretos ou indiretos entre o homem e a natureza. Exemplos bem conhecidos de impacto ambiental são os desmatamentos, as queimadas, a poluição das águas, o buraco na camada de ozônio, entre outros. 

Segundo a Norma ISO 14001 Impactos Ambientais é qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização. Juridicamente, o conceito de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente. Portanto, fenômenos naturais como tempestades, enchentes, incêndios florestais por causa natural, terremotos e outros, apesar de provocarem as alterações ressaltadas não caracterizam um impacto ambiental. Um exemplo de impacto ambiental gerado pelas atividades industriais, através das emissões gasosas, é a chuva ácida. Chuva ácida: a queima do carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre (SO2) e de nitrogênio (NO2) na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas: as águas de chuva, assim como a geada, neve e neblina ficam carregadas de ácido sulfúrico e/ou ácido nítrico. Ao caírem nas superfícies, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações. Veja como ocorre esse fenômeno. 

A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA/1988 estabelece o direito da população de viver em um ambiente ecologicamente equilibrado, caracteriza como crime toda ação lesiva ao meio ambiente, determina a exigência de que todas as unidades da Federação tenham reserva biológicos ou parque nacional e todas as indústrias potencialmente poluidoras apresentem estudos sobre os danos que podem causar ao meio ambiente. Ainda se faz necessário elaborar leis que regulamentem os dispositivos constitucionais.
Alexandre Portela Barbosa Msc
Enviado por Alexandre Portela Barbosa Msc em 06/10/2008
Código do texto: T1214598
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