O DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO E A MINERAÇÃO

RESUMO

A mineração tem contribuído de forma decisiva para o desenvolvimento do país, principalmente na qualidade de vida dos brasileiros. Na conferencia de Johanesburgo em 2002, a atividade foi considerada de extrema importância para a economia mundial, o Brasil é um dos países onde a atividade representa um perfil mineral muito importante, sendo uma das potencias de grande relevância mundial. Em Goiás a mineração é sem dúvida de muita importância, em Anicuns e região, nos últimos anos, muito tem feito para que o avanço tecnológico transforme a atividade mineira em uma atividade capaz de transformar a região em um pólo mineral, e essas pesquisas tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida do povo da região. A recuperação das áreas degradadas pela mineração também tem merecido destaque visto que os profissionais da área tem procurado utilizar dos recursos do subsolo com responsabilidade, procurando o equilíbrio, garantindo a sustentabilidade para gerações futuras.

PALAVRAS CHAVE: Qualidade de vida; tecnologia e recuperação de áreas degradadas.

ABSTRACT

The mining has contributed of decisive form for the development of the country, mainly in the quality of life of the Brazilians. In it discusses of Johanesburgo in 2002, the activity was considered of extreme importance for the world-wide economy, Brazil is one of the countries where the activity represents very important a mineral profile, being one of you harness them of great world-wide relevance. In Goiás the mining is without a doubt of much importance, in Anicuns and region, in recent years, much has made so that the technological advance transforms the mining activity into an activity capable to transform the region into a mineral polar region, and these research has contributed for the improvement of the quality of life of the people of the region. The recovery of the areas degraded for the mining also has deserved prominence since the professionals of the area have looked for to use of the resources of the subsoil with responsibility, looking for the balance, guaranteeing the sustentabilidade for future generations.

WORDS KEY: Quality of life; technology and recovery of degraded areas.

INTRODUÇÃO

O Desenvolvimento Tecnológico, no Brasil, a partir dos anos de 1970, implicaram em alterações na forma de exploração, o aumento do consumo e a melhor qualidade de vida da população brasileira alem disso a necessidade de buscar novas conquistas, fizeram com que o capital investisse em novas tecnologias, muitas atividades que antes não eram compensatórias, com as novas formas de exploração passam a ser lucrativas e muitos setores da economia investiram ainda mais na busca de novas formas de exploração, todo este investimento em tecnologias, apresentaram resultados que impressionam a capacidade que a ciência tem para criar e adaptar à novas formas de exploração.

Em síntese, pode-se dizer que, a tecnologia tornou possível, para a mineração, fazer com que ocorrência mineral, que antes não apresentavam viabilidade econômica tornasse viável.

As atividades minerais necessitam serem planejadas, as empresas que fazem a exploração mineral, para que seja autorizado seu funcionamento precisam cumprir, as normas estabelecidas pelo Governo brasileiro, através do Departamento Nacional de produção mineral (DNPM), a empresa que se dispõe a esse tipo de exploração, precisa cumprir a legislação referente à mineração.

Como o objetivo desse trabalho é demonstrar a importância dessa atividade para o desenvolvimento do país e os seus riscos para o meio ambiente, pretende-se, assim desenvolver um estudo ambiental dos riscos, e analisar os estudos de viabilidade econômica dessa atividade, que proporciona uma interpretação dialética, necessária para o desenvolvimento critico das ciências sócio-ambientais.

O nosso trabalho divide em duas partes a primeira as características do empreendimento mineiro no Brasil, em seguida, as características da mineração no estado de Goiás, fechando o estudo fizemos um questionamento a partir da atividade mineral onde é colocado para pensar a exploração mineral como avanço ou como degradação do meio, quanto à degradação fizemos uma breve analise da importância da recuperação das áreas e a utilização dos recursos naturais com responsabilidade e equilíbrio.

CARACTERÍSTICAS DA MINERAÇÃO NO BRASIL

A mineração é um dos setores da economia do país, que vem contribuindo de forma decisiva para o bem estar e a melhoria da qualidade de vida da população, sendo, entretanto, fundamental para o desenvolvimento da sociedade equânime, desde que seja operada com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do equilíbrio ecológico.

O documento elaborado na Conferência Rio + 10, realizada de 26 de maio a 29 de agosto de 2002, em Johanesburgo, em várias partes do documento, a mineração foi considerada como uma atividade fundamental para o desenvolvimento econômico e social de muitos países, tendo em vista que os minerais são essenciais para a vida moderna. Há uma relação íntima entre a busca e aproveitamento de recursos minerais com a História do Brasil, que sempre tem contribuído com importantes insumos para a economia nacional, fazendo parte da ocupação territorial e da história nacional. Segundo WAGNER et. ali, (2002), o setor mineral, em 2000, representou 8,5% do PIB, ou seja, US$ 50,5 bilhões de dólares geraram 500.000 empregos diretos e um saldo na balança comercial de US$ 7,7 bilhões de dólares, além de ter tido um crescimento médio anual de 8,2% no período 1995/2000.

O subsolo brasileiro possui importantes depósitos minerais. Parte dessas reservas é considerada expressiva quando relacionadas mundialmente. O Brasil produz cerca de 70 substâncias, sendo 21 dos grupos de minerais metálicos, 45 dos não-metálicos e quatro dos energéticos. Quanto a participação do país no mercado mundial em 2000, destaca-se a posição do nióbio (92%), minério de ferro (20%, segundo maior produtor mundial), tantalita (22%), manganês (19%), alumínio e amianto (11%), grafita (19%), Magnesita (9%), caulim (8%) e, ainda, rochas ornamentais, talco e vermiculita, com cerca de 5% (Barreto, 2001).

O perfil do setor mineral brasileiro é composto por 95% de pequenas e médias minerações. Segundo a

Não há fontes bibliográficas no documento atual. (FARIA, 2002) (FARIA, 2002) (FARIA, 2002), 1999, os dados obtidos nas concessões de lavra demonstram que as minas no Brasil estão distribuídas regionalmente com 4% no norte, 8% no centro-oeste, 13% no nordeste, 21% no sul e 54% no sudeste.

Estima-se que em 1992 existiam em torno de 16.528 pequenas empresas, com produção mineral de US$ 1,98 bilhões, em geral atuando em regiões metropolitanas na extração de material para construção civil. (Barreto, op. cit.). Entretanto, o cálculo do número de empreendimentos de pequeno porte é uma empreitada complexa devido ao grande número de empresas que produzem na informalidade, aliada a paralisações freqüentes das atividades, que distorcem as estatísticas, o que se percebe, é que nos últimos anos, o país volta a dar atenção à importância dos minérios para as atividades brasileiras e também a importância dos minerais, quando se trata de exportação.

O Brasil, é um país com potencialidades incalculáveis, e a mineração é uma dessas atividades, que levada com seriedade, pode contribuir muito para o desenvolvimento do país, a partir de 2003 no estado de Goiás, as atividades minerais também tomaram um grande impulso, muitas minas que haviam sido abandonadas, voltam a funcionar, graças as novas tecnologias implantadas, que fizeram locais como a mina de Americano do Brasil que antes não havia viabilidade econômica, passar a ser viável economicamente. Muitos outros locais, também que haviam ocorrência mineral, começaram a ser pesquisado, como exemplo da mina de calcário de Anicuns, que logo estará sendo iniciado a exploração, após uns dois anos de pesquisa feito pela mineradora ***, espera-se que na região possa ter muitos locais com potencialidades de tornar a região mais desenvolvida, proporcionando maior oferta de emprego para sua população.

A HISTÓRIA DA MINERAÇÃO EM GOIÁS:

Os estudiosos da história de Goiás têm na figura do Anhangüera filho, o seu legado maior de relevância histórica, a Sama pode se espelhar no geólogo Joseph Paul Milewski como seu legítimo bandeirante, descobridor das minas do amianto crisotila, assentadas, em 2005, no município goiano de Minaçu. No ano de 1962, em dia 28 de abril, após passarem três dias cavalgando, a partir do município de Campinaçu, chegam Joseph Paul Milewski e Pedro Paraná no local denominado: Pedra Cabeluda, na casa do proprietário das terras Darcy Lopes Martins. Lá, encontram garimpeiros separando de forma rudimentar (e nem poderia ser diferente) a magnetita dos veios de crisotila.

Didaticamente, Milewski explica ao grupo que para garimpar esse tipo de minério era necessário o uso de máquinas e muito investimento financeiro. Combina com eles uma forma de indenização e oferece-lhes trabalho com o propósito de abrirem picadas, pista de pouso para aeronaves, construção de ranchos, dormitórios e um escritório para o primeiro acampamento.

No mês de maio, Joseph Paul Milewski deixa o acampamento com destino a Goiânia. Depois de 10 horas, atravessa o Rio Tocantins, chega à pista de pouso do aterrão, assenta lugar no pequeno avião e toma seu destino a Goiânia, prometendo voltar, tão logo a pista de aterrissagem fique pronta no garimpo de Cana Brava. O que de fato acontece, quando ele desce na pista, acompanhado pelo topógrafo Otto Piclum, conduzidos pelo experiente piloto da aeronave Moacir Mendonça. Negociar a compra da área era o objetivo, para assim, abrir caminho de novos investimentos para o garimpo de Cana Brava. Em maio de 1964 é concluída a primeira etapa da rede elétrica na região pela Central Elétrica de Goiás (Celg). Joseph Paul Milewski promoveu a pesquisa geológica, gerenciou a instalação e o desenvolvimento da jazida de Cana Brava. A Sama-Mineração de Amianto Ltda., que opera desde 1967 a Mina de Cana Brava, no município de Minaçu, nasceu em função da mineradora. Quando da descoberta da jazida, as terras pertenciam ao município de Uruaçu. O crescimento da região em torno da Sama como um todo tem dois tempos: antes e depois dela. O complexo de extração de amianto crisotila é o único do gênero no Brasil, e a SAMA está entre as quatro maiores produtoras do mundo. Tratando-se de tecnologia de exploração, pode ser considerada a número um do ranking mundial. Sua reserva de crisotila para ser explorada a céu aberto acalenta a potencialidade de 60 anos de extração. Além disso, a tecnologia de ponta implantada no seu parque industrial permitia, em 2003, produzir cerca de 220 mil t/ano. A edição do jornal Acontece, informativo bimestral da Sama, de março/abril de 2005, traz na capa um levantamento da produção de crisotila, nos últimos 21 anos, compreendendo o período de 1973 a 2004. O estudo realizado pela Gerência Industrial em observação aos dados condensados nos relatórios anuais da lavra revela um recorde histórico de produção: “Foi levantada a produção acumulada, mês a mês, dos últimos 12 meses, desde 1973. Até o presente, a produção máxima acumulada em 12 meses havia sido atingida em junho de 2003 e foi de 248.288 toneladas. No mês de março/ 2005, é batido um novo recorde de produção acumulada em 12 meses, 255.104 toneladas e superando a produção máxima em toda a história da empresa”.

Na cidade de Belo Horizonte, Rubens Rela Filho, diretor-geral da empresa, junto com o gerente de Mineração, Joselito Dasio, receberam o Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica Brasileira, titulo concedido pela revista Minério & Minerales. Logo a seguir, no mês de abril, a sama recebe da Revista Brasil Mineral, o prêmio de melhor mineração de porte médio do país.Vários testes procedidos pela equipe de controle de qualidade da Sama justificam a excelente performance da sua fibra, como veremos a seguir: Teste Padrão Quebec – Ensaio de granulometria a seco. Bastante utilizado internacionalmente como teste padrão para controle da qualidade do amianto.

Turner e Newall – Ensaio de granulometria a úmido. Teste mais utilizado pela SAMA para classificação de seus produtos. Volume Úmido – Indica o grau de desfibramento. Conhecido também por grau de abertura das fibras de amianto. Filtração – Mede o tempo de escoamento de uma certa quantidade de água através de uma amostra de fibra. A Sama é um Espelho da produção mundial de minério, aumenta ano a ano sua participação no mercado internacional, devido à boa qualidade de seus produtos e serviços. Atualmente, exporta 60% por cento da sua produção para mais de 20 países, entre os quais a Índia, Tailândia, Indonésia, Japão, México, Colômbia, Nigéria, Emirados Árabes Unidos e Irã.

Para escoar a produção, opera em maior escala com o porto da cidade paulista de Santos, localizado a 1.600 quilômetros da mina de Cana Brava. Quanto ao consumo interno/doméstico, os 40% da produção que lhe são destinados, o transporte da fibra é feito por caminhões de empresas terceirizadas que percorrem distâncias de 470 a 3.500 quilômetros.

A produção é destinada a exportação. Não é por acaso que a Sama figura entre as três maiores produtoras de crisotila do mundo. Sendo responsável por 10% de toda a fibra comercializada no planeta. Mas não pára por aí: a Sama tem outras fibras e com elas vibra. O respeito ao meio ambiente é uma delas. A sua dedicação ao setor rendeu à empresa a outorga do primeiro Certificado Ambiental ISO 14001 concedido a uma mineradora de amianto.

Dos 4.500 hectares que ocupa apenas 900 são destinados à produção de amianto. Os 80% restantes são mantidos conforme a natureza os concebeu. Na área de exploração mineral (nas paredes descobertas pelo processo de extração) são plantadas anualmente, no seu dorso, gramíneas, leguminosas e outras espécies com igual teor de adaptação às novas condições. A água utilizada é corretamente tratada numa estação localizada dentro da própria empresa, antes de ser devolvida aos leitos naturais. A Sama investe uma parcela considerável de recursos para a educação ambiental de seus funcionários e familiares. Com relação à fauna, destaca-se em todo o país o Projeto Quelônio, administrado pela bióloga Cilene Bastos de Paula, que traz o diferencial de ser o único criadouro conservacionista de tartarugas da Amazônia existente dentro de uma empresa no Brasil. Também dá especial atenção ao bem-estar e à saúde de seus funcionários e familiares, através de convênio médico/odontológico. E na área da empresa, além da disponibilidade de confortáveis casas residenciais destinadas aos funcionários, funciona um restaurante, com cardápio controlado por nutricionistas, a preços altamente subsidiados. Para melhor atender a demanda escolar, a Sama firmou convênio com o Colégio Ávila, cedendo as instalações de sua bem estruturada escola que havia construído. São oferecidos cursos à educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O comércio local é promovido com a instalação de uma agência bancária, um supermercado e uma padaria. Fora dos portões da Vila, a empresa também investe na produção cultural da cidade de Minaçu. Em parceria com a prefeitura local, através da Secretaria da Educação e do Departamento de Cultura, promoveram com sucesso, em 2005, a encenação da Vida e Paixão de Cristo.

O AVANÇO DA EXPLORAÇÃO MINERAL, DESENVOLVIMENTO OU DEGRADAÇÃO?

O cerrado é sem dúvida, uma área de muita importância para o Brasil, muitas das atividades mineiras, estão em áreas de cerrado, devido às características do cerrado, essa área só está sendo explorada a partir dos anos 70, que a partir de estudos feitos no solo, se descobre a fragilidade de determinada área e faz a correção do solo tornando esse solo que antes era considerado de nenhuma utilidade em um solo totalmente produtivo.

No decorrer dos anos, com a descoberta das novas tecnologias para correção do solo o cerrado passa a ser uma área fértil, e muitos proprietários de áreas intensas na região do cerrado passa a fazer a correção do solo com calcário, extraído do subsolo muitas das vezes da própria região.

Em Anicuns, região de solo em sua maioria de cerrado, está iniciando a exploração de calcário, o que traz para o município uma possibilidade de novos empregos, mais movimento no comércio local e ainda pode se dizer que, por ser uma região que necessita fazer correção no solo, faz com que o produto se torne mais viável para os produtores locais, pois o valor de frete será mais em conta devido à distancia menor.

Por outro lado, se reconhece o problema que uma exploração pode causar a degradação ambiental, se sabe que a área onde se retira o minério ficará temporariamente degradada, é preciso que a empresa que irá fazer a exploração trabalhe com seriedade na recuperação da área explorada.

Diante da dialética que se encontra a exploração de solo e subsolo, é necessário que cientistas que se propõe, trabalhar na recuperação de áreas sejam cuidadosos, ao fazerem a recuperação de determinadas áreas, pois o que se pretende com a exploração é o desenvolvimento social e a exploração ambiental de forma sustentável.

RECUPERAÇÃO DE AREAS DEGRADADAS PELA MINERAÇÃO

A recuperação de determinada área degradada por um determinado empreendimento, neste caso a mineração, pode ser definida como o conjunto de ações necessárias para que a área volte a estar apta para algum uso produtivo em condições de equilíbrio ambiental. Para que seja possível obter-se novo uso da área, é necessário que ela apresente condições de estabilidade física (processos erosivos, movimentos de terrenos) e estabilidade química (a área não deve estar sujeita a reações químicas que possam gerar compostos nocivos à saúde humana e ao ecossistema, drenagens ácidas de pilhas de estéril ou rejeitos contendo sulfetos).

Dependendo do uso pós-mineração, pode-se adicionar os requisitos de estabilidade geológica (áreas utilizadas com a finalidade de conservação ambiental). No caso do empreendimento mineiro, a participação do homem deve iniciar ao se planejar a mina e finalizar quando as relações fauna, flora e solo estiverem em equilíbrio e em condições de sustentabilidade.

Segundo Oliveira Jr., minerar é assegurar, economicamente, com mínima perturbação ambiental, justa remuneração e segurança, a máxima observância do princípio da conservação mineral a serviço do social.

Negligenciada ao longo do tempo, embora seja uma exigência inerente a todo o plano de instalação de um empreendimento mineiro, a questão ambiental, com relação à mínima perturbação ambiental, vem sendo imposta, de forma gradativa e irreversível, como elemento preponderante nas modernas concepções de projetos de mineração.

http://intranet/monografias/mineracao/completa.htm 13/07/00

Neste sentido, tem-se observado nos atuais projetos mineiros, planos de minimização de impactos ambientais, assim como a adoção de medidas mitigadoras desses impactos. As medidas podem incluir desde simples alterações operacionais para melhoria dos ambientes de trabalhos, como controle de poeira, ruídos e até mesmo alterações de processos visando atividades e/ou operações menos agressivas. Com relação à recuperação de áreas degradadas pela mineração, muitos estudos passaram da teoria à prática e, nos últimos vinte anos, muitos trabalhos têm atingido alto grau de especificidade visando à redução destes impactos.

De modo geral, as áreas degradadas pela mineração devem ser objetos de trabalhos de recuperação envolvendo os seguintes pontos: l áreas lavradas: incluem cavas (secas e inundadas), frentes de lavras (bancadas e taludes), trincheiras, galerias em lavra subterrânea etc; 2 áreas de deposição de resíduos sólidos: incluem pilhas ou corpos de bota-fora, solos superficiais, estéreis, bacias de decantação e sedimentação de rejeitos de beneficiamento etc.; 3 áreas de infra-estrutura: incluem áreas de funcionamento de unidades de beneficiamento, áreas de estocagem e expedição de minérios, vias de circulação, escritórios, oficinas etc.

A recuperação de áreas degradadas pela mineração deve ser planejada antes da implantação do empreendimento a fim de prever a desativação das atividades mineiras e a reabilitação dos terrenos remanescente. É possível, entretanto, observar que em diversas situações esta parece não ser a prática adotada, particularmente em empreendimentos de médio e pequeno porte. Não raramente, essas áreas correspondem a terrenos manejados como estoque especulativo para fins diversos (imobiliários, no caso de áreas próximas a centros urbanos ou reflorestamento , no caso de áreas rurais).

Nesses casos, em que a intenção dos proprietários dos terrenos parece ser a de aguardar algum tempo antes de empreender a reabilitação da área, o princípio da recuperação provisória torna-se recomendável, não apenas para evitar a intensificação ou aceleração dos processos de degradação dos solos e as conseqüências ambientais decorrentes, mas, também, para garantir sua própria proteção e viabilização posterior.

Dois aspectos são destacados, sob o ponto de vista tecnológico, como desafios a serem incorporados ao planejamento das atividades de recuperação, a saber: recuperação executada simultaneamente à mineração, agregando a recuperação ao cotidiano e não a Restringindo ao final do empreendimento. Recuperação orientada de acordo com um plano prévio: execução com base em decisões expressas em documento previamente discutido e definido entre minerador, poder público e comunidade envolvida, apontando para o aproveitamento das áreas degradadas – PRAD. Utilizando o amplo conceito de recuperação, o planejamento das atividades que objetivam a estabilidade das áreas degradadas deverá ter como primeira tarefa a definição de uma das seguintes metas:

l recuperação provisória: quando o uso final ainda não estiver definido;

2 recuperação definitiva: quando o uso final do solo já estiver definido.

As técnicas utilizadas para assegurar o uso adequado do solo são numerosas, mas no geral todas compreendem as seguintes etapas: desmatamento, remoção e estocagem do capeamento do solo, remodelagem final da área e revegetação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das contradições, onde de um lado a tecnologia apresenta o desenvolvimento, por outro o avanço tecnológico representa risco de degradação de forma irresponsável é preciso que profissionais envolvidos na área de mineração, desenvolvam projetos de recuperação que ao final da exploração a área explorada possa estar em plena recuperação.

Alem de proporcionar desenvolvimento a mineração traz melhor qualidade de vida para os brasileiros, fato este comprovado nos trabalho de campo realizado durante a pesquisa, mas é preciso considerar os riscos de uma exploração de forma irresponsável, profissionais da área e empresários precisam buscar desenvolvimento, com equilíbrio, levando em consideração a sustentabilidade para futuras gerações.

REFERENCIAS

http://www.literaturadobrasil.com.br/livro.php?livro=71&cap=2538

http://intranet/monografias/mineracao/completa.htm 13/07/00

BARBOZA, F. L. M. E GURMENDI, A. C. Economia mineral do Brasil. Brasília:

DNPM. 1995

BARRETO, M. L. Mineração e desenvolvimento sustentável: desafios para o

Brasil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2001. 215p.

WAGNER, A. et. alli. A eleição presidencial e a mineração. Gazeta Mercantil

20 de setembro de 2002. p.A3.

FARIA, Carlos Eugenio Gomes de, Mineração e meio ambiente no Brasil, 200