Papel de bala

Era tarde. Não tinha nada para fazer. Comecei, preguiçosamente, a pensar nos problemas do mundo e adormeci.

Tive um sonho. Passei por uma rua que atravessava diversos países. A cada país em que me achava, centrei meu pensamento em uma coisa simples: o papel de bala jogado no chão.

Comecei por meu próprio país. Numa bela praça uma criança recebia da mãe um punhado de balas e era ensinado a ela que depois de descascadas deveria jogar o papel no chão. Mas no meu país não existe somente uma criança, e imagine só quanto se sujam as ruas a cada dia.

Passo agora para a África. Lá não vejo nem bala, nem papel. A miséria é total.

Enfim na Noruega. Lá vejo uma mãe parecida com a do Brasil, dando uma bala quase igual a daqui. Ela só tinha uma coisa diferente, o modo de educar o filho. Ao contrário da mãe brasileira, ela ensinara ao filho que não se deve jogar o papel de bala no chão. E na Noruega também existem milhares de crianças. Imagine só um país enorme e limpo o ano todo.

Penso comigo, como seria bom se todas as crianças do mundo aprendessem a não jogar papel de bala no chão. Aí, acordo!

Léo Guimarães
Enviado por Léo Guimarães em 16/10/2008
Reeditado em 16/10/2008
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