QUAL SERIA A VISÃO DO FUTURO

QUAL SERIA A VISÃO DO FUTURO

Mário Osny Rosa

Pensar no futuro desta louca sociedade, com todas as suas fragilidades seria mesmo uma utopia? Com a globalização devastadora, com uma iniciativa privada que recentemente assumiu a economia que era controlada pelo ente estatal, pois o ente estatal queria ser ou deter somente a administração pública minimizada, sempre com a máxima arrecadação.

Este novo modelo começou mostrar-se frágil em nem vinte anos de existência, são banco indo à bancarrota cobrando juros estratosféricos anunciando balanço com ganhos fabulosos a custa de uma sociedade fragilizada que dia-a-dia fica mais pobre.

Os meios de produção ficam marginalizados pela falta de consumo interno e a exportação marginalizada pela crise econômica que ora ronda o globo provocando verdadeira anarquia na economia mundial.

Avançamos na tecnologia, no entanto pecamos quando esquecemos o social, pois um povo sem trabalho sem salário, que poder de consumo tem este povo, isso em qualquer parte do globo.

Onde foi parar os ganhos do sistema financeiro que chegou às mãos dos grandes bancos? Sumiram como um encanto de fadas ou migraram para outros países sorrateiramente em nome da globalização, e ainda mais os altos tributos imposto ao povo sem capital empobrece cada vez mais um povo pobre.

Já pensaram para onde vai o dinheiro arrecadado pela telefonia em todo o mundo, ou mesmo aqui no Brasil, porque este dinheiro não é aplicado em nosso meio produtivo minimizando o caos econômico neste momento, e, além disso, o poder público deve socorrer. Somente os meios de produção sérios e não socorrer empresários caloteiros, banqueiros malfadados com grandes lucros, e que de um momento para outro aparecem quebrados deveriam ser chamados a explicar para onde foi o lucro de seus balanços de cada trimestre anunciado na imprensa, este é o fato mais vergonhoso que já presenciei nesta era da globalização.

Quero aqui fazer uma análise lá dos anos de mil novecentos e sessenta, quando o estado entrou no meio econômico para socorrer o meio de geração de energia elétrica, pois as empresas não conseguiam gerar energia para abastecer o consumo daquela época. Com trinta anos este modelo se mostrou deficiente e o poder público alardeou que o dever dele não era intervir na economia e que iria privatizar o sistema e lá voltou tudo para iniciativa privada vendeu a sua parte e a parte dos acionistas que foram vitimas naquele momento sem ter seus ativos valorizados mediante a venda.

O que, agora vemos a retórica daquele tempo o poder público acenando para uma nova estatização entregou uma galinha dos ovos de ouro e agora adquire os ovos podres para socorrer os maus empresários aventureiros nessa louca economia globalizada. Sem falar nos empréstimos que o governo aplicou nas empresas adquiridas pela iniciativa privatizada, o que sobrou para o BNDS?

E com isso a visão do futuro no momento se mostra obscura e tumultuada sem qualquer expectativa, de melhora Deus queira que este quadro se reverta o mais breve possível.

São José/SC, 26 de outubro de 2008.

www.mario.poetasadvogados.com.br

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Asor
Enviado por Asor em 26/10/2008
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