Isso sim é globalizar

Um dia, lá atrás, surgiu num país da América do sul um jovem senhor, bem apessoado, sorriso bonito, roupas bem talhadas no corpo esquio. E ele falava bonito e a sua fala bonita encantava as plateias onde se apresentava. Acompanhado da jovem esposa - não bonita como ele -, prometia mundos e fundos, jurava de mãos postas e pés juntos. E a sua ira parecia a ira divina - credo, que comparação - contra a corrupção e os aiatolás, digo, marajás. E ele encantava as plateias. Os jovens viam nessa aparição uma luz no fim do túnel da política desse país sulamericano. E o jovem ator foi eleito, eleito Presidente da República. E deu no que deu. Nesse país da America do sul os canalhas parecem que tem o dom de encantar. E tanto encantam que, apesar das canalhices e patifarias, se reelegem, passam de ex Presidente deposto à Senador da República, depois de breve ostracismo estratégico. O Senador eleito Presidente nos EEUU me fez lembrar muito muito dessa figura acima descrita. A diferença da democracia da América do norte para a da América do sul é que: lá você pode roubar, como aqui, só não pode ser apanhado, porque lá, a cana é dura mesmo enquanto por aqui, o duro é ter que aguentar as conivências. O mundo vive nessa eleição presidencial nos EE UU uma esperança nova. Obama conseguiu globalizar o planeta em torno dele. Todos os povos juntos na expectativa de que um Presidente negro na tarra da intolerância seja o sinal claro de mudança para um mundo melhor. Tomara que todas as energias positivas vibrem sobre essas cabeças coroadas e o mundo respire tempos de mais dignidade. Tomara as Klus e os nazis do mundo permaneçam no limbo.