A Ditadura da TV

A TV é, hoje em dia, o maior meio de alienação política e controle mental do Brasil e do mundo. No Brasil a TV Globo controla o modo de pensar, agir e falar de 90% da população brasileira. Seus programas de baixíssima qualidade pregam uma vida burguesa fútil, onde o importante não é participar da sociedade, mas sim consumir os mesmos produtos que os outros.

A televisão brasileira espalha o lixo cultural para as massas, escondendo as verdadeiras manifestações culturais de boa qualidade do Brasil. Nada pior do que ligar a TV e só ouvir falar em pagode, sertanejo e axé, ou assistir a programas de péssima qualidade e que insultam a inteligência do telespectador, como Programa do Ratinho, Xuxa, Faustão, Gugu, entre outros lixos.

Parece que as únicas alternativas são as TVs por assinatura ou, para quem não tem poder aquisitivo suficiente para isso (ou seja, a maior parte da população brasileira), assistir aos programas da TV Cultura, única emissora de televisão que ainda mantém um mínimo de qualidade.

Aliás, devido a essa qualidade, a TV Cultura quase não consegue se manter em operação, pois o povo já está "treinado" a gostar do que é ruim, portanto prefere assistir às merdas televisivas dos outros canais.

O aparelho de TV, hoje em dia, praticamente só serve para se conectar a um vídeo para assistir a bons filmes. E bons filmes também estão em falta na televisão brasileira. Filmes de péssima qualidade, ou, quando o filme é bom, as dublagens horrorosas impedem que se aproveite a diversão. Nesse ponto também a Cultura desbanca todas as outras. Enquanto Globo, SBT, Record e outras desse tipo brigam para ter o direito de passar blockbusters do cinema americano, a Cultura exibe filmes europeus, asiáticos ou até nacionais de primeira qualidade, muitas vezes legendado, e não com as péssimas dublagens dos outros canais.

Vou fechar este artigo com uma frase de uma música do Legião Urbana que mostra bem o objetivo do controle que a TV exerce na mente do povo brasileiro:

"Meus amigos parecem ter medo de quem fala o que sentiu, de quem pensa diferente. Nos querem todos iguais. Assim é bem mais fácil nos controlar. E mentir, mentir, mentir. E matar, matar, matar."