A cidade que queremos

Vale do Aço, formado por três cidades: Fabriciano, Timóteo e Ipatinga, também conhecida como a região do “aço”. Uma região rica, ladeada pelos rios: Doce e Piracicaba, ainda, vários afluentes, mananciais e vasta vegetação. Incluído em sua paisagem, está o que chamamos de “pulmão verde” ou seja, uma densa floresta tropical, que é a “Mata do Parque”, reserva natural de puro oxigênio.

Embora, tendo tanto ar puro para se respirar, o que se respira é um ar poluído em todos os aspectos. E, com certeza não é esta a cidade que queremos. Queremos sim, uma cidade onde se possa viver e conviver dignamente, onde exista critérios e valores necessários a uma boa convivência.

Vai ser muito bom quando pudermos dizer: a nossa cidade é uma beleza, nela não existe violência, corrupção, assassinatos, roubos, enfim, uma cidade esvaziada de toda maldade.

Queremos uma cidade onde se respire felicidade, paz, respeito humano, amor. . . Uma cidade onde se possa andar pelas ruas, avenidas, calçadas e praças sem ser molestado. Uma cidade onde ao anoitecer, cada cidadão possa deitar e adormecer sem medo e acordar com o canto dos pássaros, um alvorecer alegre e risonho.

Será que é querer muito, ou vivemos apenas uma utopia? Vivemos em uma cidade tomada pelo vandalismo, praticamente incontrolável. Sofremos com as ações dos malfeitores, não temos segurança nem mesmo em nossas casas. Nossos filhos são molestados quando se dirigem ou saem das escolas. Nossos veículos são presas fáceis, objetos em seus interiores são arrebatados como se nada fossem ou donos tivessem. Todo dia, toda hora, em qualquer esquina, rua ou casa, há um assalto, um roubo, O cidadão perde os seus bens, quando não perde a própria vida. E a impunidade continua.

O que está acontecendo? Será que perdemos o direito de vivermos como gente civilizada, ou será que falta Deus no coração de cada um? Qual será o futuro dos nossos filhos? Essa geração nova, sem perspectiva de trabalho, de vida digna, onde o próprio ar que se respira está poluído pela hipocrisia humana.

Mas, há esperança. Esperança de que um dia, não muito distante, os homens possam se abraçar como verdadeiros irmãos, sem preconceito, maldade, exclusão, sem medo do presente, sem medo do futuro, porque haverá respeito mútuo, haverá amor.

Nossos filhos poderão dar asa mãos, brincar, correr, saltitar, cantar e sorrir. Porque tudo será alegria. Porque Deus fará renascer em cada homem um coração novo, tornando-os mais humanos. Então acontecerá a verdadeira fraternidade, haverá solidariedade e união, teremos uma cidade alegre e cheia de vida. Essa é a grande esperança. A cidade que queremos. É hora de mudar “Vale do Aço”.

12/03/00

Wilcaro Pastor
Enviado por Wilcaro Pastor em 26/03/2006
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