Indicações Políticas

Com que então a Ministra Dilma é favorável a manutenção das indicações políticas para as estatais. Desde que mantido o tal "critério técnico". Ah tá!

Bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo. Ninguém se queixa que tem pouco! Assim, Srª Ministra, o critério técnico pode ser bem elástico, dependendo de quem ocupa o cargo que permite a nomeação.

Sou Administrador. Fui escriturário em um banco público estadual. Estou habilitado para a presidência do BC. Falta-me só um padrinho. Ou madrinha, Srª Ministra. Não quer abraçar a minha causa?

Na empresa estatal a base funcional mantém-se estável. A Administração, a gestão, é constantemente renovada. Aliás, na renovação já é feita a revogação de tudo que o gestor anterior planejou. Bom ou ruim. Dane-se, quero "imprimir a minha marca" na atual gestão.

Imaginem o compromentimento da base com esse gestor:

-Ele que se lixe, pensam - e agem! - assim. Amanhã não estará mais aqui!

Criam-se então os feudos corporativos. Capitanias hereditárias dentro da coisa pública. Melhor, coisa do povo! Terceiros e quartos escalões são os que efetivamente mantém a máquina funcionando. Com compromentimento. Geralmente dos seus próprios interesses!

Afinal, tem uma imunidade de fazer inveja a qualquer Deputado. Estão longe dos holofotes. À vista estão os apadrinhados - ou amadrinhado, como eu espero ser! - do primeiro e segundo escalões. Que vão pagar o pato se a cacaca se espalhar. Lembram-se quem foi o cara que deu início a investigação que se transformou na CPI do Mensalão? Um chefetezinho dos Correios.

E o tamanho da merda que ele fez aparecer!!!

É, Srª Ministra, a coisa não é fácil. Se se quer continuar loteando - desculpe, fazendo distribuição equitativa conforme a necessidade de apoio - cargos, tenhamos o cuidado de que esses cargos sejam de "rainhas da inglaterra". Bom salário, direito de cortar fitas e posar para fotos, compromissos sociais enfim. Mas com absolutamente nenhum poder de interferir na empresa da qual são Presidentes e Vices. Formam-se então os quadros com os necessários "critérios técnicos" dentro da própria estrutura. Passa-se a fazer planejamentos de médio e longo prazo (entre vinte e cinqüenta anos) que possam funcionar. Com estes gestores "fixos" por assim dizer, o compromentimento da estrutura com as metas será outro.

Que País teremos, hem, Srª Ministra?

EDUGIG
Enviado por EDUGIG em 20/11/2008
Código do texto: T1294167
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