Entre o céu e o inferno

Gosto de festa, gosto de tomar algumas, gosto de mulheres, gosto do povão e gosto de sexo, sim é tudo verdade.

Não minto, não retiro uma vírgula, é tudo verdade, sou humano e é disso que gosto.

O CARNATAL é sem duvidas o maior carnaval fora de época do Brasil, caso este que muitos por serem potiguares se orgulham, já eu não tenho (ou não deixo transparecer) tanto orgulho assim...

Eu gosto de tudo que aqui citei, é bem verdade, mas também gosto de harmonia e prezo e zelo pelo bom funcionamento da democracia.

A maquina institucional que constitui os poderes executivos do município de Natal e do Estado do Rio Grande do Norte, patrocinam o Carnatal e deixam eventos como o ENE – (Encontro Natalense de Escritores) padecer e se esfacelar melancolicamente contando apenas com a apresentação de Arnaldo Antunes e sua leve genialidade nas suas “performances” originais e pouco atrativas para o grande publico.

É bem verdade que a alegria contagiante meche com o animo dos mais ortodoxos cristãos, e esses por sua vez colocam uma bermuda da moda e a camisa do abada e vão “curti” e pular atrás do trio elétrico.

O inferno ao qual me refiro não é o inferno da carne, que neste caso basta uma camisinha pra virar um céu.

O inferno que me refiro é a forma como as coisas são feitas, o Carnatal traz muitos benefícios pra Natal, mas na euforia carnavalesca não se conta os “pros e contras” e se pensa que tudo é lindo no céu chamado Natal.

As paginas dos jornais irão mostrar o índice de acidentes e também o acréscimo que a economia local vai ter.

Na realidade final a verdade é que o Carnatal oscila entre o céu e o inferno, sem dar sinais pra que lado ira cair...

Fonte:

"Os Temporais" - www.ostemporais.blogspot.com

"Via Independente" - www.orelator.blogspot.com