PANTOFOBIA

Quem não tem saudade do tempo em que se podia ir e vir? Andar sem medo pelas ruas de qualquer cidade, dormir com janelas abertas... Quem não sente falta dos tempos em que somente o dono podia tanger os bens tangíveis? Quantas síndromes aportam o coração do homem contemporâneo... Quanta fobia!

Os filhos dependentes químicos rebelam-se contra os pais; dão um grito de falsa independência e provocam seu aborto do convívio social, espancando e matando os genitores para arrancar-lhes o dinheiro das drogas consumidas.

Quando os cães andavam soltos, temia-se apenas a hidrofobia que eles poderiam transmitir ao homem. Mas a carrocinha recolhe os que ladram... Enquanto isso, o ladro continua a assustar, provocando as mais diversas síndromes: medo de assalto, de seqüestro, de bala perdida; enfim, fobia social - não apenas medo de sair de casa, mas medo de tudo – pantofobia.