A Ditadura da Imprensa Vigora no Brasil

Primeiramente, quero destacar que não vim aqui ofender a toda uma classe profissional. É evidente que no jornalismo, como em todos os ofícios, existem os bons e os maus. Portanto, não quero ser injusto.

Contudo, venho aqui abordar os maus profissionais, aqueles que executam uma política de depreciação constante do Estado. Muitos deles se encontram trabalhando dentro dos jornais de grande circulação e nas grandes emissoras de TV do Brasil. Cobertos pelo manto da isenção e da imparcialidade, se julgam tutores da verdade, e, muitas vezes, utilizando-se de provas adquiridas de maneiras ilícitas por meio de terceiros.

De fato, eles conseguiram transformar a imprensa num quarto poder, o maior de todos. Aquele que diz quem é integro e quem é degradado moralmente. Todos (Executivo, Legislativo e Judiciário) temem as suas ações e as suas opiniões. Ele impõe ao povo o que bem entender, alegando ter potencial profissional e intelectual para isso. Há alguns meses atrás, surgiram alguns comentários sobre a criação de organismos responsáveis pela fiscalização da conduta da imprensa. E obviamente eles foram contra, alegaram em sua defesa a manutenção de um direito constitucional: a liberdade de expressão, a liberdade de opinião.

Porém, se esquecem que o direito deles acaba onde começa o dos outros. É completamente injusto eles ofenderem as pessoas e destruirem as suas vidas públicas com poucas provas ou mesmo boatos. Foi assim com Severino Cavalcante, com José Dirceu, Genoino, Palloci e com tantos outros que estão sendo crucificados em praça pública. No passado, foi Collor o boneco de Judas, hoje intentam derrubar Lula da presidência. As razões são várias, a mais importatante é que julgam-no despreparado, sem a escolaridade necessária. E qual seria essa escolaridade? Por acaso doutorado numa universidade da Europa. Ou então mestrado em Sociologia feito numa instituição brasileira? Quem sabe deve ser consagrado como um grande antropólogo?

Meus amigos, para ser um bom político não é preciso ser um doutor. É necessário apenas ser íntegro, amar ao povo que ele representa e serve. Saber suprir as necessidades dos brasileiros, isso é que importa. Pois, de que adianta ter nível superior e roubar o dinheiro público? De que adianta ser altamente erudito e antipático com o povo? Portanto, essa parte da imprensa - que representa a elite e os partidos da direita conservadora - defende valores preconceituosos e capitalistas.

Imparciais e isentos, só se for no papel ou então para a grande maioria dos brasileiros que não tiveram direito a educação e a cultura, as quais promovem a consciência crítica. E que poderiam abrir os seus olhos para o que esta acontecendo no nosso cenário político.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 06/04/2006
Reeditado em 06/04/2006
Código do texto: T134527