QUEM SÃO MESMO OS SEMITAS?

EM CORRESPONDÊNCIA AO ANTI-SEMITISMO – QUEM SÃO OS SEMITAS?

Baseados em dois fósseis, cujas morfologias impõe que sejam classificados restritamente entre os símios (macacos), afastando-os por demais dos humanos, alguns estudiosos (arqueólogos, antropólogos e historiadores) atestam que a humanidade teria se originado na África há milhares de anos, ao mesmo tempo em que argumentam que a civilização egípcia desenvolveu-se sem sofrer influência da população mesopitâmica, embora tenha surgido depois e manifeste traços culturais e arquitetônicos daquela civilização, como as pirâmides, por exemplo. Ao mesmo tempo, outro grupo desses mesmos estudiosos apresenta fósseis encontrados nas camadas correspondentes aos períodos pré-cambriano e cambriano (quando teria se originado a vida) que evidenciam a incidência de um evento catastrófico universal por volta de 4500 anos atrás, conhecido vulgarmente por Dilúvio. Coincidentemente, o Dilúvio trata-se de uma lenda universal, visto constatar-se que é comum tanto a gregos, quanto a celtas, indo-europeus, anglos, americanos, africanos, medos-persas, mesopotâmios, chineses, etc., primitivos. A própria lenda da Criação não é privilégio apenas dos mesopotâmios, de onde se originaram os hebreus, mas comum a todos os povos primitivos, sendo que nas lendas dos povos mais isolados, a história da Criação em si, sua cronologia e o nome do primeiro homem são idênticos: Adão, para o português, Adam, para o aramaico, Adama, na tradição hindu, e Adapa, na tradição sumeriana, a mais antiga civilização do planeta. Em todas essas líguas primitivas Adão, Adam, Adama, Adapa, significam vermelho (ou terracota).

Quando os gregos chegaram a Canaã (Palestina), costa oriental do Mediterrâneo, encontraram ali os cananitas (canitas), divididos em tribos com nomes de heteus, gebuseus, amorreus, fereseus, filisteus, etc., que habitavam o lugar, e, vendo sua cor avermelhada, chamaram-nos de fenícios, que quer dizer púrpura (ou vermelho ou terracota), assim também chamaram o lugar de Fenícia. Já o Dr. Will Durant, em Nossa Herança Oriental, na coleção História da Civilização, atribui aos judeus primitivos, além de características próprias dos semitas, também características arianas, indo-européias, fenícias e outras tantas dos diferentes povos. A. Souto Maior, em História Geral, reforça as declarações de Durant sobre as características caníticas dos semitas. Por conseguinte: a universalidade das lendas do Dilúvio e Criação, a similaridade cultural e arquitetônica existente, principalmente entre mesopotâmios, egípcios e americanos, pois existem pirâmides também nas Américas, além das semelhanças morfológicas, associadas ainda à existência de uma estrutura lingüística comum a todos os povos, parece deixar bem claro que a humanidade teve origem no Caucaso (a terra de Ararate), ao invés de na África.

Se tudo isso é verdade, encontraremos três troncos biológicos, culturais e lingüísticos para as raças humanas. Considerando então as teorias criacionistas, teremos três irmãos no início da civilização: Sem, Can e Jafé, filhos de Noé. Eles teriam repovoado a Terra após o Dilúvio, legando a cada povo suas características biológicas, lingüísticas e culturais peculiares. Conjugando isto ao restante deste artigo, poderemos explicar porque os judeus primitivos possuem características arianas (alemães, que seriam descendentes de Jafé); também possuem características fenícias (palestinos, assírios e babilônicos, que são descendentes de Can); além de características indo-européias (principalmente indianos). A partir da Índia os jafenitas teriam subido para as terras altas e geladas, tornando-se eslavos, anglos, saxões, etc., originando daí os normandos, ingleses, germânicos e a maior parte dos povos da Europa.

Logo, no início da civilização encontraremos três tribos pequenas, as quais cresceram, se dividindo e se espalhando pelo planeta. São os jafenitas, canitas e semitas, originários do mesmo tronco (os evolucionistas afirmam que todas as espécies surgiram de um único tronco). Todos nessas três tribos primitivas possuíam a mesma cultura, a mesma origem religiosa, a mesma estrutura lingüística e todas as características biológicas básicas uns dos outros. Sendo assim, constatamos ser impossível existir raças superiores ou inferiores, como pretendem os nazistas, pois, tanto evolucionistas quanto criacionistas concordam que o isolamento geográfico é que determina a maior parte das peculiaridades dos povos, tornando alemães em negros, mongólicos em índios sul-americanos, arianos em judeus, egípcios em sumerianos, etc.

Diante de tudo isso, a proposição do autor no livro Os Meninos da Guerra é analisar por um outro viés os pressupostos místicos do anti-semitismo, cujo alvo são apenas os judeus, embora grande parte dos povos médio-orientais sejam também semitas: a maior parte do mundo islâmico, por exemplo. Questiona se os pretextos da eugenia podem justificar a morte de tantas crianças nessa guerra onde o ideal de “pouco mais de seis pessoas” sacrificou cinqüenta milhões de seres humanos inocentes. Nesse número, apenas os mortos judeus somam seis milhões. Por trás de coisas inconcebíveis, como a eugenia, escondem-se propósitos mais obscuros, que visam, como sempre, simplesmente dominação e exploração, o que não é de hoje, trata-se de uma aspiração humana tão antiga quanto o fogo.

Wilson Amaral é estudante de História da Unisinos. Autor do livro Os Meninos da Guerra, que se propõe a ser mais que um simples romance, mas também um livro de história. Pra maiores informações, filhodewilliam@yahoo.com.br