INCLUSÃO: DESAFIO SOCIAL

Olá queridos leitores!

É muito bom poder estar novamente sentada aqui em frente ao meu computador podendo escrever sobre o que acho conveniente para mim e para todos os interessados no assunto. Um assunto que afeta familias, escolas, grupos, comunidades e toda uma sociedade em geral.

Hoje estava lendo sobre inclusão escolar, diferenças sociais e uma série de assuntos que ficam apenas na teoria humana, nas páginas dos livros, nas reuniões pedagógicas, no Departamento da educação, nos conselhos escolares, mas que não chegam a lugar algum.

Que me desculpem alguns, mas trabalho dentro de uma instituição escolar e o que posso perceber é que os educadores não estão preparados para lidar com esse tipo de situação em lugar algum e muito menos numa sala de aula onde existe quarenta alunos e dois são deficientes auditivos e um deficiente visual. É muito díficil recriminar tal situação pois os educandos não recebem capacitação suficiente para lidar com este tipo de problema. Sinto que a criança com deficiência é e se sente abandonada. O professor não tem preparo e acaba inconscientemente isolando essa criança a mercê de sua deficiência, às vezes não por preconceito mas por falta de preparo.

Nunca me esqueço quando ouvi um professor comentar que estava tendo dificuldades em se comunicar com um aluno com deficiência auditiva. Realmente ele se mostrava muito preocupado, porque precisava ensinar, isto é, transmitir de alguma forma e não estava conseguindo. Isto é um fato. Essa situação aconteceu nessa escola mas tenho certeza que não é a única e nem será a última, infelizmente. As diferenças existem e temos a obrigação de saber conviver com elas e como profissionais temos a obrigação de conviver, exigir capacitação e recursos para resolver esse problema. Para aceitar tais diferenças é preciso estar com o coração e alma abertos e dispostos a buscar soluções e a encarar essa situação com muito amor e afetividade. Esse pode ser um grande começo. Devemos tratar essas pessoas não com sentimento de pena, mas sermos solidárias e tratá-las com verdadeira aceitação sem olhares preconceituosos. O preconceito é tão maléfico que pode derrubar não somente um deficiente mas uma pessoa sem qualquer deficiência, uma pessoa comum. Ainda existem certos cidadãos que olham esse problema como se fosse uma doença e nisso a hipocrisia e a ignorância reina.. Não podemos tratar um deficiente como se ele fosse normal e sim fazer com que prevaleçam suas habilidades e trabalhar em cima dessa grandeza. Muitos ignoram esse fato, mas possuem grandes habilidades e algumas chegam a ser surpreendentes. Apenas são pessoas limitadas que precisam ser trabalhadas, motivadas e receber muito afeto, é esse afeto que irá gerar muita energia positiva e grandes resultados.

Mas infelizmente nossos educandos não estão preparados, eles até tentam mas não conseguem ainda. Fato triste mas real. Ouvimos falar em inclusão, construtivismo e etc. Esse novo método de ensino não chegou no momento certo. Nossos profissionais já deveriam estar preparados para toda essa mudança. Não é culpa deles, mas das pessoas que tornaram disso uma imposição, uma lei. Que país é esse que parece não ter cerébro?. O nosso cerébro não é apenas uma massa, mas serve também para usar a consciência e o bom senso e nele existem bilhões de células responsáveis por isso. O Departamento de Educação, a Secretária da Educação, o Governo, O Sr Presidente que me desculpem pela irônia, mas é a mais pura e crua verdade. Será mesmo os deficientes que são os incapazes e ignorantes?

O Sistema Educacional está defasado de uma tal forma que está difícil achar uma solução para sair do buraco. Chego a ter revertério quando a inclusão é discutida, por isso prefiro escrever porque não estou preparada para discutir com alguém sobre tal assunto que, no papel é lindo mas na prática é uma catástrofe.

Vanessa Pena
Enviado por Vanessa Pena em 18/01/2009
Código do texto: T1390769