MUITO ALÉM DA ESPERANÇA

Inicialmente, vamos pensar no sentido real da palavra esperança.

No imaginário popular ESPERANÇA tem a ver com a capacidade de esperar a realização de alguma coisa desejada, independente de harmonizar-se com o conjunto de situações, princípios e valores da existência como um todo; motivo porque às vezes se tem esperança na realização de alguma coisa que, a médio e longo prazo, não é o melhor para a própria pessoa.

Em termos religiosos ESPERANÇA é a segunda virtude teológica (1 Coríntios 13:13); motivo porque sempre que o cristianismo se deixa influenciar pelo pensamento hedonista, uma parte da membresia de nossas igrejas, alimentam esperanças por coisas contrárias a vontade de DEUS.

Conforme o Aurélio, ESPERANÇA é o “ato de esperar o que se deseja”; “expectativa”: “Fé em conseguir o que se espera ou deseja”; motivo porque a sociedade pós-moderna havendo sido estruturada com base no pensamento hedonista ou epicurista, pode alimentar esperanças tanto no “prazer imediato”; quanto no “prazer na prática da virtude e na cultura de espírito” (Aurélio).

Como podemos perceber, não é tão simples como parece, uma definição exata do que seja ESPERANÇA. Como teólogo cristão, levo em conta o que as Sagradas Escrituras afirmam sobre a questão.

Está escrito:

“... mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.

Ora, a esperança não confunde, porque o amor de DEUS é derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO, que nos foi outorgado” (Romanos 5:4–5).

Em outras palavras, no imaginário popular, precisamos confiar em DEUS para que ELE nos livre das tribulações – inconscientemente alimentamos a esperança DELE permitir a queima de etapas rumo à experiência. Por isso, a esperança de muitos está limitada a esta vida (no presente momento). São cristãos evangélicos através do ouvi dizer; crêem em um deus (minúsculo) através do ouvi dizer; têm o poder do Espírito Santo, através do ouvi dizer; vivendo como cristãos sem acreditarem no DEUS que é proclamado através do ouvi dizer...

Há alguns séculos, o apóstolo Paulo encontrou esse tipo de fé, na vida dos cristão de Roma, a quem dirigiu sua carta (inspirada por DEUS), dizendo o seguinte: “Se a nossa esperança em CRISTO se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Coríntios 15:19).

Conforme está escrito, “a esperança não confunde”; por isso, a verdadeira esperança procede do trono de DEUS; é fruto do SEU amor, “derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO, que nos foi outorgado”.

Conforme o Aurélio, outorgar significa: “dar, consentir”; “conferir (mandato)”; juridicamente “declarar em escritura pública”; “facultar”; “atribuir”.

Portanto, a esperança não confunde porque passa por um teste: a experiência da vida cotidiana continuada. A esperança do “ouvi dizer”, freqüente em nossos dias, tem como alicerce um cristo sem cruz, padroeiro de uma “graça barata”; em que se faz necessário apenas o exercício do pensamento positivo. Pessoas de vida torta, professam um DEUS tipo Noel que aparece em momentos de dificuldade para distribuir favores a quem deseja continuar “saudável”, sendo “livre para fazer o que quiser”.

Esse tipo de esperança não está fundamento na bíblia, levando seus adeptos a viver iludidos e iludindo cristãos sem uma experiência genuína com o DEUS ETERNO, Onisciente, Onipresente e Onipotente.

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 24/01/2009
Código do texto: T1402030
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