Juventude desvirtuada e atrofiada

Muitos jovens do século XXI crescem regrados a uma educação falha, ridícula, medíocre, atrofiadora e desvirtuada. O resultado de uma educação estúpida repassada por pais estúpidos acarretará na formação de jovens estúpidos, como de praxe.

Infelizmente talvez por falta de personalidade e por excesso de “bondade” muitos profissionais da área da psicologia (não todos é claro) acabam colocando os fatores e os fatos de formas mais afáveis, mas o retrato da realidade é simples e nítido: Em muitos casos a orientação a criminalidade vem de dentro de casa, com a omissão dos pais na formação educacional dos filhos.

Esta questão da formação de delinqüentes no âmbito familiar acontece em várias classes sociais e é fruto de uma educação deficiente no tocante a ética, moral e aos limites não impostos.

A visão quadrada e retardada destes jovens acaba gerando uma não compreensão dos crimes como crimes de verdade, pelos mimos e pelos poderes concedidos pelos seus pais, e pelo titulo de “filhinho de papai” que recebem da sociedade, estes se acham acima da verdade, da lei e da justiça.

Casos como o do índio incendiado em Brasília e a doméstica espancada em São Paulo são apenas prenúncios do que virá, tendo em vista que esta educação dotada de estupidez vem se alastrando como um incêndio na floresta.

Estes jovens pensam e agem como se estivessem acima da verdade, da lei e da justiça. Geralmente filhos de pais ricos ou de classe média, demasiadamente ocupados para dialogar e procurar conhecer os próprios filhos.

De forma inicial, pequenos delitos começam a ser realizados, assaltos, pichações e atos de vandalismo começam a ser freqüentes até que estes jovens infratores começam a usar drogas e quando caem no abismo do vício eles passam a roubarem a própria casa e a própria família.

Neste ponto os transgressores precisam ser internados de forma imediata com o apoio familiar, mas apenas neste ponto os pais começam a perceber que algo de errado está acontecendo.

O que podemos afirmar com todos estes casos é que a educação é a base moral do cidadão e é indispensável à participação dos pais no desenvolvimento dos filhos.

Para não termos mais cidadãos sem cidadania é necessário que o Estado possibilite uma verdadeira educação para a população e que os pais dos nossos pequeninos eduquem, porque quem realmente ama, educa.

Modesto Cornélio Batista Neto – Escritor

“Os Temporais”/Modesto Batista – www.ostemporais.blogspot.com