OUVIR OU FALAR? O DRAMA DAS COMUNICAÇÕES COTIDIANAS

Em nosso cotidiano, temos a oportunidade de mantermos contatos com diversas pessoas em nossas relações, sejam elas profissionais, acadêmicas ou pessoais. Contudo basta observarmos as pessoas conversando, para de imediato notarmos um tipo de "competição" seja em que conversa for.

Um diz: "eu fiz isso..." e mal inicia a frase o outro interompe grosseiramente e completa "eu também ..." e dispara a falar mais do que uma corneta de vendedor de pamonha. Triste isso! Às vezes as pessoas em nossa volta precisam ser ouvidas. pois estão à procura de um desabafo, de um conselho ou de um "ouvido amigo"; e o que encontra? Uma metralhadora, que dispara uma frase atrás da outra sem parar.

E isso torna-se pior ainda, quando acontece no seio das relações amorosas e conjugais. Um quer falar, e o outro "corta", o que seu par quer dizer e passa egoisticamente a falar por "cima" da fala dela(e) e aquilo que era para ser um diálogo, produtivo, esclarecedor ou até divertido, torna-se qualquer coisa, menos um processo de comunicação. Precisamos exercitar a virtude de ouvir.

Note que quando você passa a ouvir, sua capacidade de adquirir experiência de aconselhamento aumenta. Você passa a ser percebido como uma pessoa amiga, sensível e que sempre possui uma palavra amiga. Tudo isso, apenas sabendo ouvir.

Nesse mundo conturbado em que vivemos, precisamos mais de ouvidos do que de línguas, mais dar do que receber, pois só assim seremos ricos daquilo que de melhor temos para oferecer: dedicação.