A LUTA DO BEM CONTRA O MAL

Eu desde criança sempre gostei de super-heróis. O Batman, Ulta-man, Thor, Capitão América, Tarzan e principalmente da "Liga da Justiça". O eterno embate entre o bem e o mal muito me fascina; o certo e o errado, Deus e o diabo, o bem e o mal, são lados de uma mesma moeda e obrigam que tomemos uma posição nessa interminável batalha.

A própria Escritura Sagrada dos cristãos (bíblia), diz claramente em suas diversas passagens, que não há a mínima possibilidade de "servir a dois senhores". A obrigatoriedade de um posicionamento se faz imperativo no contexto dessas verdades; é aí que aparece quem é o herói e quem é o vilão.

Já um pouco maior (ou com mais idade), me apaixonei pelo Direito, e vi nas ciências jurídicas e sociais, nas defesas existentes nos atos processuais, como é difícil essa luta. Vi como sofre o herói-defensor, e como sua luta solitária lhe traz tantos dissabores.

Vi o vilão usar a lei a seu favor, a zombar do poder constituído, atacar a autoridade e a vilipendiar o herói; que embora cambaleando nessa luta insólita, ainda persiste com um recurso aqui e outro ali.

Por que digo tudo isso? Digo, pois muito pouco nos resta para que o ordenamento jurídico penal brasileiro tenha desfalecido em sua eficácia coercitiva contra os vilões; principalmente os do "colarinho branco", um tipo especial de vilão, que deixam crianças em escolas de latas, sem merendas, sem segurança e pricipalmente sem uma educação que os capacite a ser pessoas de verdade (cidadãos).

Permitem que nosso jovens não tenha acesso a emprego ou curso profissionalizante gratuito e assim sendo sejam recrutados pelo "lado escuro da força". Vilões, que não contentes em exterminar nossa futura geração, lançam sua força também sobre os velhos nas maquiavélicas filas do INSS, no prolongamento das aposentadorias, na dificuldade de obtenção do remédios necessário. Que falseiam uma pseudo "recuperação" ao jovem infrator em uma FEBEM/FUNDAÇÃO CASA, instituição inútil e falida, além de desumana, onde facilmente se consegue o diploma de graduação em "ciências criminosas".

Bandidos (de todos os tipos, tamahos e habilidades), que invertem os valores da ordem social; que torna o cidadão honesto, prisioneiro e refém de uma sociedade insegura e incapaz de protegê-lo, que permitem que marginais andem soltos livremente nas ruas e praças, onde deveriam estar sim, os verdadeiros cidadãos.

Este poder maligno, ameaça, agride e mata os agentes da autoridade além de instalar o pânico e o terror no meio de um povo ordeiro e pacífico.

A polícia recua, frente a um ordenamento jurídico permeado por técnicos que propagam um interpretação equivocada do verdadeiro sentido dos direitos humanos. O Ministério Público, luta pelo poder de investigação querendo aumentar sua valiosa contribuição ao Estado democrártico de direito (faz o que pode). O poder judiciário se perde em sua dogmática jurídica e entre as pilhas de processos que se arrastam anos e anos sem uma decisão que favoreça a sociedade como um todo (face aos inúmeros recursos e jeitinhos processuais), que os vilões tanto conseguem.

Tudo isso ocorre, porque o mal está vencendo o bem. O vilão achou a "kriptonita" que invalida o poder do herói e assim leva a vantagem nessa luta.

O discurso em voga é: “deixa prá lá”, “fazer o que?” , “nem adianta tentar”.

Será o fim ?