Educação para índigos

Nesta quinta-feira, dia 29 de janeiro, eu estava na Livraria Cultura do Bourbon Shopping Pompéia e vi o cartaz: 9º Seminário de Educação e Orientação ao Índigo. Não esperava ficar muito tempo no shopping, mas após ver este anúncio, esperei 3 horas, afinal, voltar para casa e enfrentar o trânsito de São Paulo e depois retornar, seria cansativo e contraproducente.

O seminário contou com a presença do Dr. Américo Canhoto, que falou sobre a saúde da criança; a psicóloga Valdeniza Sire Savino relatou sobre os diversos índigos de ontem e de hoje; e a pedagoga Maria de Lourdes Canova que discursou sobre nova abordagem da educação em sala de aula.

Segundo Américo Canhoto, nos últimos anos as crianças apresentaram mudanças rápidas em seu desenvolvimento, com um potencial maior do que seus pais para o aprendizado. Isso qualquer pai pode perceber, até mesmo por ele mesmo, quando era criança e comparando com as atitudes de seu filho. De acordo com Américo, a grande dificuldade que estas crianças enfrentam é que em nossa sociedade há o predomínio do negativismo. Para ele 50% das doenças é fruto de aprendizado dos seus familiares que se utilizam das enfermidades para atrair atenção. Muitos filhos recebem mais cuidado de todos quando estão doentes e o subconsciente entende: "Oba, ficar doente é bom!". Américo Canhoto adverte que em casos de moléstias é preciso analisar: "O que é que eu quero ganhar com isso? Quem desejo punir?"

Canhoto informou que estudos comprovam que um dia do ano passado tinha 15 horas, 43 minutos e alguns segundos. Está havendo uma aceleração planetária, há um excesso de informação e estímulo, provocando ansiedade e medo. Junte-se a isso uma alimentação inadequada com muito açúcar, farinha de trigo e cafeína, uma vida sedentária e ambientes domésticos menores. E o corpo reage de acordo com nossos pensamentos. Creio que neste ponto, devemos então sempre buscar um folga junto à natureza, e se tornar um pouco mais herbívoro.

Canhoto enfoca outro grande problema da educação atual, que é a família transferir a educação da criança para a escola. Elas chegam sem referências e sem limites.

Para melhorar a educação da criança índigo, Canhoto propõe:

• que haja um diagnóstico precoce

• uma reorganização familiar

• uma reformulação do sistema educacional.

Aqui podemos também colocar que muitos pais, devido a seus próprios medos, não se vêem em condições de educar seus filhos, mas eles precisam entender que se Deus nos deu filhos, é porque acredita em nossa capacidade de educá-los. Nunca desista de seu filho, por mais que as coisas estejam difíceis. Abrace-o, diga que o ama, e quando imagens ruins lhe vierem à cabeça, lembre-se dos tempos que o carregou no colo, que o via sorrindo e brincando.

Como dicas para a saúde ele coloca:

• a meditação, que deve ser ensinada já nos primeiros anos de vida;

• respiração abdominal profunda;

• eliminar o açúcar, farinha de trigo, cafeína e

• uma atividade física regular.

Às vezes fica um pouco difícil, para nós, ocidentais, entender a importância da meditação, por isso coloco aqui um vídeo sobre o tema que me deixou muito mais receptiva a praticá-la e absorver seus benefícios:

http://www.youtube.com/watch?gl=ES&hl=es&v=UY6o3U5GVSs&feature=related-------------------------------------------------------------------

A psicóloga Valdeniza Sire Savino, em sua palestra “O índigo no mundo de hoje”, abordou que o índigo tem um comportamento diferente. "Já tivemos vários exemplos em nossa história, como James Dean, Marlon Brandon, Beatles, Gandhi, Renato Russo, Gonzaguinha. E coloca que a grande questão é: “Porque eles estão aqui? Estão para nos lembrar o que conhecemos e não praticamos, que é o amor.”

Segundo Valdeniza nossa sociedade prioriza o ter em detrimento do ser e os índigos se sentem fora deste mundo, adoecem porque não são compreendidos.

As particularidades destas crianças índigos:

• não aceitam ordens se não sabem o porque,

• são inquietos,

• não têm medo,

• não têm vergonha de si mesmos e por isso não copiam o outro,

• são verdadeiros,

• têm uma energia mais apurada, estão mais ligados a tudo que acontece à sua volta,

• apurado senso de justiça,

• acham natural sua conduta,

• não se valorizam,

• são agentes de transformação.

Segundo a doutora eles sempre existiram em nossa sociedade, mas após a década de 70 nasceram em maior número.

A psicóloga também salientou que a educação precisa ser melhorada para atender e entender essas crianças. Acrescentou que é na família que tudo começa.

Valdeniza aponta que há 4 tipos de índigos:

• Humanistas: engajados em causas sociais, comunicativos.

• Conceituais: são muito práticos e técnicos, mais isolados.

• Artísticos: Utilizam mais o lado direito do cérebro, mais criativos e são visionários, além do tempo.

• Multidimensionais: Trabalham a espiritualidade, religiosos espontaneamente.

“Bem sabemos que toda criança ensina, mas a diferença do índigo é que ele persiste em ensinar. Costumam ser confundidos com hiperativos. Têm um grande potencial e precisam se movimentar”, explicou.

A terceira palestrante da noite, a pedagoga Maria de Lourdes Canova colocou que os índigos exigem uma nova pedagogia de valores.

“Nossos professores são formados para trabalhar com crianças normais. Os índigos são seres fortes, determinados, contestadores, questionadores, indiferentes à autoridade e muitas vezes são rebeldes, são alegres, inteligentes, comunicativos, carinhosos e só ouvem o que querem. Exigem muita energia do professor e até ajudam o professor a suavizar a educação rígida que seus mestres receberam.”

A pedagoga também apontou a necessidade dos pais se conscientizarem que educar é responsabilidade deles e não da escola. “A escola tem a obrigação de formar, de transmitir informações e os pais devem ser os bons exemplos.”

Canova acredita que o essencial para educar estas crianças índigo é utilizar a Pedagogia do Amor, que lida com a essência do ser humano com justiça, sabedoria, valorização da vida, limites racionalizados, compreensão, solidariedade, tolerância e honestidade.

Como orientação ela indica que o professor :

• invista no crescimento pessoal do ser,

• entenda que ele é único, não o compare,

• respeite-o,

• torne suas aulas interessantes,

• tenha claro o objetivo da aula,

• utilize recursos audiovisuais,

• use a dramatização, dança, música,

• crie condições para que tomem decisões e

• corrija sem humilhações,

• demonstre que confia nele,

• fale com o coração.

Como vêem, acredito que valeu a pena aguardar três horas para assistir a palestra, mesmo porque, a Livraria Cultura oferece a prazerosa oportunidade de ler em sua loja durante o tempo de espera, então aproveitei para ler: Mulher, dona do tempo. Mas esta é uma outra história.

"Tudo começa na educação. Então, quando você dá a oportunidade a uma criança de se informar, você está abrindo uma perspectiva maravilhosa para ela. " Anthony Portigliatti - Reitor da Florida Christian University