A militância do amor neurótico
Lendo um trecho da entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado ofundador da ioga no Brasil, li uma palavra inventada por ele e que me chamou atenção:
" que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.’’
Considerando o trecho acima, ontem eu estava vendo na televisão BBB..., pude notar através da opinião alheia a sobra de senso comum, este mesmo senso que tememos não atingir.
"Parece um paradoxo - muitas vezes eu falho tentando falhar’’.
Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão estipulado nem todos conseguem atingir, ai o sujeito só será "normal" se for magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido e quem não se "normaliza" acaba adoecendo.
A grande pergunta que não quer se calar: quem espera o que de nós?
Não existem ditadores de comportamentos, quem prolata o padrão é uma coletividade abstrata que ganha presença através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
Um grande remédio para o mal do século é a pequena auto-estima. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem as regras bovinamente, e também não possuem todos os padrões e mesmo assim às admiramos.
Por isso escrevo este alerta no manual de sobrevivência:
A normose está doutrinando erradamente homens e mulheres que podem ser de formas diversas tanto autênticas quanto "felizes".
Fonte: Jornal Zero Hora, Juliana Ciola e Prof. º Hermógenes.