Como se fosse a primeira vez

Um filme de vídeo. Apenas isso. Alugado numa locadora qualquer. Classificado como comédia romântica, mas um drama de muitos ensinamentos.

Em rápida síntese, trata-se de uma jovem que sofreu acidente de trânsito e perdeu parcialmente a memória, a ponto de não reconhecer no dia seguinte as vivências do dia anterior.

Um rapaz apaixona-se por ela. A cada dia tem que se aproximar dela para reconquistá-la novamente, pois ela não guarda registros da véspera. O esforço e criatividade do rapaz, todavia, conseguiu fazer, contudo, que ambos passassem a ter uma vida quase normal, apesar dos constrangimentos da ausência de memória da moça. Em situações engraçadas, o filme traz uma bela mensagem.

Não vou relatar os detalhes e peripécias vividas pelos personagens, para estimular os leitores a buscarem o vídeo e não perderem a oportunidade de verem um bom filme.

Mas a lição principal da película não deixo de comentar: a mensagem geral é a de que, por mais adversas que sejam as situações, sempre podemos nos adaptar a ela. E, principalmente, a lição de que diante de quadros irreversíveis (como era o caso da moça), sempre poderemos encontrar outros caminhos que ajudem a superar a situação.

Quantas situações não se apresentam assim: quadros difíceis, muitas vezes irreversíveis com doenças em família, ou mesmo situações em que nada ou quase nada podemos fazer para alterar o quadro que a vida apresenta. O convite à resignação não significa, necessariamente, passividade ou acomodação. Pode ser um estímulo à criatividade ou a caminhos diferentes àqueles já traçados.

A mesma situação é a do filme O Terminal, com Tom Hanks. Uma situação adversa, resolvida pela iniciativa e pela criatividade.

Ora, todos temos situações adversas. Ao invés de reclamar e gritar, usemos a inteligência para revertê-la em aprendizado.

Por isso, caro leitor, eis duas boas dicas de filmes: O Terminal e Como se fosse a primeira vez. Bom divertimento, mas acima de tudo, bom aprendizado e boas reflexões.