Religião um mal necessário

Sabeis nobres amigos que a religião é ciência de uma sociedade sem ciência, por isso pretendo aproveitar neste artigo para salientar minhas posições a respeito do meu pensamento religioso.

Em outros artigos apontei as falhas do sistema religioso ocidental, a qual não conduz verdadeiramente o homem à sua evolução, mas ao contrário o condena a uma visão limitada e estreita do mundo.

Os dogmas que outrora nada mais são do que a sustentabilidade falida de poder, perpetuados por uma instituição que há tempos se desvirtuou de sua atividade primária, isto é, guiar as massas a um caminho de prosperidade e de maior espiritualidade, tornou-se assim o maior símbolo de nosso fracasso.

Ao inventar um Deus tão humano, ao colocar uma mulher como a mãe de Deus, ao criar tantos santos, fez da idolatria sua maior premissa, e esqueceu-se das palavras de Moises “Não adorará outro senão o senhor teu Deus”, isto claro sem falar do Paganismo tão combatido e tão presente no Catolicismo.

Para aqueles que duvidam deste fracasso, lembremos-nos das inúmeras vertentes surgidas do catolicismo: evangélicos, espíritas, adventistas etc..

Entendo, porém que as massas jamais compreenderiam um deus não humano, onisciente, onipotente e onipresente, ou as simples leis fraternas que regem o Universo, mas, contudo, devemos nos lembrar sempre onde tamanhas heresias por cobiça e poder levaram a atual humanidade.

Guerras foram travadas e sangue fora derramado por falsos ideais, que sempre esconderam a intenção de poder e controle, lembremos também que durante mil anos a humanidade (ocidental) viveu sobre a sombra rançosa e fria de uma igreja sem Deus (idade das trevas), que julgou, matou e condenou pensadores e tantos outros livres homens e mulheres que buscaram na liberdade de seus pensamentos uma espiritualidade maior.

Mas ainda sim, ao mesmo tempo em que creio ser a religião um terrível mal, a considero necessária apenas para as massas carentes de instrução e fé, contudo faz necessário aos Papas uma urgente mudança de conceitos e paradigmas, para finalmente agirem como servos de Deus que dizem ser, e não como meros fidalgos ávidos por poder.

Que Cristo não seja mais crucificado como o sempre o fizeram mas que ao invés de uma cruz, sejam seus exemplos a fonte de sabedoria e riqueza a ser seguida, que passemos a ensinar assim como Cristo nos ensinou que Deus de fato não esta em uma igreja, ordem ou templo, mas e para sempre dentro do coração de cada homem e mulher.

Que lembremos que cada homem é responsável por suas atitudes, e assim sendo cabe apenas a ele sua evolução, que os mestres não nos salvam, pois jamais negam a seus discípulos sua própria evolução e, por conseguinte iluminação.

Que a história seja contada de maneira clara e sincera, Jesus um homem normal, pecador normal, que um dia ouviu a voz de seu coração, e traçou o caminho que terminaria por levá-lo a sua iluminação, Maria uma mulher normal, casada, mãe de cinco filhos, que foi pura não no sentido de virgindade, mas no sentindo de pureza espiritual, o Diabo mero anjo que testou a vontade de mais um que buscou em seu coração a iluminação.

Que as trevas da ignorância e superstição definitivamente caiam, e possamos contemplar de uma verdade sincera e fraterna em busca de um ideal maior.

Por fim que o legado de Cristo não seja a tola divinização que fazem, mas seu exemplo puro e magnífico, assim como o de tantos outros mestres, para que possamos mais uma vez caminhar baseados em belos e sinceros exemplos, rumo a um maior desabrochar de nossa espiritualidade, e por fim de nossa evolução.

dos Santos
Enviado por dos Santos em 06/03/2009
Reeditado em 06/03/2009
Código do texto: T1471944
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