Qual será a maior Revolução na História Humana?

Vivemos em um milênio onde raízes de árvores venenosas ainda permeiam, circulam, e se ramificam cada vez mais em diversos segmentos, áreas e setores neste período denominado de “Era digital e pós-modernista”. Em quase tudo em que vejo eu sinto e percebo os espectros da religiosidade numa civilização que afirma “cultuar a razão, a inteligência e o conhecimento”.

Quase as principais características do “espectro da religiosidade”? Tornar algo superior, sagrado, divino, que deva ser crido, obedecido, e valorizado ao máximo.

Todas as constituições federais, monárquicas, socialistas, comunistas, neoliberais, todas são uma nova Bíblia sagrada, um “novo livrinho sacralizado”, os quais devem ser obedecidos, acatados, e se alguém se desviar de algum de seus preceitos ou emendas será punido. Mesmo princípio de todas as religiões.

O trabalho, nesta época de globalização, nestes sistemas financeiros e governamentais, o trabalho e se possível for uma profissão que gere um bom rendimento, é agora o mais novo ídolo que tem seduzido, escravizado e obtido milhões de adoradores. Logo, quem não serve a este ídolo, cujo filho mais querido chama-se dinheiro, que só gera desigualdade, competição e ilusão de bem-estar, é atacado pelo Estado, pela sociedade, pelo governo, pois estes tais não rendem lucros e benefícios a nenhum destes e de outras corporações que manipulam a vida das pessoas. A grande questão do trabalho é que se não trabalhas não podes gerar riqueza e lucros para “nós”, e nós não podemos te subjugar a continuar nos servindo, pagando-te com uma ínfima quantia diante dos bilhões que você produz a “nós”.

O trabalho não é um direito constitucional seu, o trabalho é um dever seu, uma imposição federal, é uma obrigação para “conosco”, e em último lugar um benefício para ti.

O Dinheiro é o novo deus que dita ordens em tudo, que controla tudo, que manipula tudo, que escraviza todos aos seus pés. Por dinheiro, criam-se novas leis tributárias, criam-se novas guerras, criam-se novas igrejas, criam-se novos dispositivos que tende para um único fim: o poder, e o controle nas mãos de poucos.

Quem tem poder e dinheiro dita novas leis, destrói e constrói novas coisas segundo seu bel prazer, quem tem Poder e Dinheiro passa a ser admirado, divinizado, temido, invejado, tornam-se novos deuses que se sentem acima de tudo, que se acham o donos de tudo. E toda a sociedade, os cidadãos, os súditos destes novos senhores apenas seguem as ordens estipuladas por eles.

Em todos os sistemas governamentais, mesmo o socialista, o comunista, os quais se dizem ser ateus, todos ainda participam de um conceito cristão: “Todos os homens são iguais perante a Lei”(Paulo disse a mesma coisa se referindo a Deus). Mas nenhum dos homens tem permissão de ultrapassar a Lei, de burlar a Lei, de desacatá-la, pois tornaram a Lei em mais um ser divino, que deve ser crido e obedecido sem questionar. Há promessas (direitos) a quem obedece incondicionalmente a Lei, a Bíblia, o Alcorão, o Trabalho, etc, e há como bem sabemos punições a quem desobedecer qualquer princípio destas instituições mencionadas. Só um imbecil não vê que quase todos os segmentos e corporações que compõem e regem uma sociedade, um estado, uma nação, está impregnada e infectada pelas raízes venenosas da religiosidade repleta de um pseudo-moralismo. E cá pra nós: essa coisa de se dizer que “todos os homens são iguais perante a Lei” só existe teoricamente, pois na prática ela é uma mentira, um embuste para nos convencer que o Governo se importa com a gente, para nos convencer a continuar a servir com dedicação a tudo o que é promulgado e sancionado por estes segmentos corruptos.

Vivemos numa sociedade hipócrita e covarde. As pessoas ainda estão amarradas a conceitos morais transmitidos ao longo da história pelas religiões. A maioria delas quer e deseja fazer coisas que foram institucionalizadas pela Igreja, e depois pelo Estado, como sendo “atos ilegais, imorais, ilícitos”. E o ser humano reprime o que queria ser, fazer, dizer, escrever e pensar pela tática do medo imposta pela religião e pela Lei. Já disse certo filósofo: “O medo é o pai da moral”. E outro disse: “O medo de nossos ancestrais sobre o que não entendiam foi a semente que criou todos os deuses da antiguidade”. A igreja utiliza a política do medo, do fogo eterno, do inferno, para que suas ovelhas não se extraviem, para que continuem servindo aos propósitos criados pela igreja. O Estado faz à mesma coisa. As escolas são verdadeiras indústrias que trabalham ao serviço do Estado para criar arquétipos, a fim de serem utilizados pelo Governo e pelas grandes corporações.

Moral: sepulcros caiados. Toda a propaganda Religiosa e Federal a fim de incutir medo em nossa consciência, querendo implantar uma outra consciência que seja fácil de ser adestrada e domesticada para nos subjugar e nos manipular a fim de continuarem no poder.

Será que eles não percebem que estão criando toda uma geração de seres depressivos, doentes, mecanizados, inconscientes? Sim, eles sabem. Esse é o objetivo deles. Todos eles são mentirosos por profissão.

Tudo o que colocamos acima de nós, tendemos a divinizar, a venerar, a temer, a sujeitar-se, e a fazer sacrifícios em prol desse algo. E não percebe que se está rebaixando ao próprio Eu, ao próprio Ser, está a se diminuir, a se inferiorizar, e em tudo isso eu vejo o espírito do cristianismo da “auto-renúncia”, que é uma evidência concreta do quanto o próprio indivíduo não se autovaloriza. E prossegue sua vida numa típica postura de um escravo. É tudo o que eles querem....

A maior revolução é a revolução de nossas consciências.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 13/03/2009
Código do texto: T1485163
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