NOS DOMINIOS DA MENTE

Indubitavelmente – concordava o Assistente Áulus – a mediunidade é problema dos mais sugestivos na atualidade do mundo. Aproxima-se o homem

terreno da Era do Espírito. Sob a luz da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria e, decerto, precisa de cooperação, a fim de que se lhe habilite o

entendimento.

Não ignoramos que o Universo, a estender-se no Infinito, por milhões e milhões de sóis, é a exteriorização do Pensamento Divino, de cuja essência

partilhamos, em nossa condição de raios conscientes da Eterna Sabedoria, dentro do limite de nossa evolução espiritual.

Da superestrutura dos astros à infra-estrutura subatômica, tudo está mergulhado na substância viva da Mente de Deus, como os peixes e as plantas da água estão contidos no oceano imenso.

Filhos do Criador, d’Ele herdamos a faculdade de criar e desenvolver nutrir e transformar.

Naturalmente circunscritos nas dimensões conceptuais em que nos encontramos, embora na insignificância de nossa posição comparada à glória dos Espíritos que já atingiram a angelitude, podemos arrojar de nós a energia atuante do próprio pensamento, estabelecendo, em torno de nossa individualidade, o ambiente psíquico que nos é particular.

Somos, pois, vastíssimo conjunto de Inteligências, sintonizadas no mesmo padrão vibratório de percepção, integrando um Todo, constituído de alguns bilhões se

seres, que formam por assim dizer a Humanidade Terrestre.

Nossa mente é, dessarte, um núcleo de forças inteligentes, gerando plasmas sutil que, a exteriorizar-se incessantemente de nós, oferece recursos de objetividade

às figuras de nossa imaginação, sob o comando de nossos próprios desígnios.

A idéia de um “ser” organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção.

Do conjunto de nossas idéias resulta a nossa própria existência.

Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos.

Modificando o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades vêem-se como que despejadas de casa, porquanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram.

A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no “espaço físico”, através dos movimentos

que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e múltipla do pensamento, princípios esses com que influímos no “espaço mental”.

Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem.

Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas. A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita.

Compreendia, desse modo, mais uma vez, e sem qualquer obscuridade, que somos naturalmente vítimas ou beneficiários de nossas próprias criações, segundo as

correntes mentais que projetamos, escravizando-nos a compromissos com a retaguarda de nossas experiências ou libertando-nos para a vanguarda do progresso,

conforme nossas deliberações e atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis eternas...

FONTE: Nos Domínios da Mediunidade André Luiz Francisco C. Xavier

http://adriloaz.blogspot.com