" JESUS E OS CODIGOS"

JESUS E “OS CÓDIGOS”

Rossana Claudya

Não foi mesmo à toa que ele dividiu a história da humanidade no "antes e no depois". Jesus de Nazaré, Jesus filho de Deus, Jesus filho do Carpinteiro, Jesus filho de homem ou simplesmente “Jesus”. Ele revolucionou a história da humanidade. Não obstante, a polêmica em torno da sua existência, dos seus hábitos, da sua vida não param de surgir. Parece mesmo que, todas as controvérsias a ele pertinente, apenas “estão começando”. É o que percebemos com o mais recente fenômeno editorial, propagandeado pelo Americano Dan Brown. Sim, estamos falando do “O Código da Vinci”.

O autor põe em dúvida a divindade do mestre e a sua linhagem, optando em ressaltar a figura de uma personalidade, que até onde sabemos, oficialmente, ocupou uma posição secundaria na vida do Cristo ou na própria história do Cristianismo: Maria Madalena. Em uma perfeita porção de ingredientes, que atinge de sobremaneira o mercado editorial, o livro é recheado de novas informações, cuja veracidade é contestada na volumosa literatura, que se formou em torno da obra. Entretanto, o clima de suspense prende a atenção do leitor. Outro estrondoso barulho se teve com a produção cinematográfica da “Última Tentação de Cristo”. Aguçando a ira da igreja católica, o filme ressalta um Cristo em conflito, mas que no final opta em renunciar a sua missão divina, pelo o amor da polêmica Mulher.

Porém, o que nos chama mesmo a atenção, nas múltiplas literaturas, sejam em forma de códigos, filmes ou livros sobre a de vida Jesus, é a tentativa de o equiparar a um simples mortal. Ressaltar suas fraquezas humanas, até porque ele foi humano, pode ser aceitável, porém deixar de lado o primordial: a sua mensagem, é o que não pode ser tolerado ou pior esquecido!

A exemplificação dessa mensagem em gestos e atitudes simplórias percebidas na vida cotidiana de Jesus, deu singular importância à sua mensagem através dos séculos. Pois, não se trata de uma mensagem qualquer, foi algo que dividiu a história da humanidade e dos evangelhos em novo e antigo testamento. Surgia assim, na linguagem de Jesus, através das parábolas e da crucificação, a figura de um Deus de amor, um Deus acima de tudo do “perdão”. O certo é que, a força dessa boa-nova mudou os conceitos e os pilastres do próprio cristianismo que, posteriormente, através dos apóstolos, se ramificaria entre judeus, gentios e Romanos. Propagando assim, uma nova era para humanidade.

Numa sexta-feira, um cadáver foi sepultado por Nicodemos e José de Arimatéia. Na manhã do domingo, ressurgiu dentre os mortos. Era Jesus. Não o histórico, mas o Deus encarnado. É essa ressurreição que milhões de cristãos comemoram na Páscoa.

Então os códigos podem passam, podem até serem contestados, mas a mensagem de Jesus não!

Advogada, consultora e escritora.

ROSSANA CLAUDYA SILVERIO
Enviado por ROSSANA CLAUDYA SILVERIO em 17/05/2006
Código do texto: T157732