O Evangelho Paulino

PALAVRAS DE VIDA

Pr. Serafim Isidoro.

O EVANGELHO PAULINO

"Porque nada propus saber entre vós senão a Jesus Cristo, e este, O crucificado". - I Co. 2.2.

Declaração concisa, sintética, conclusiva. O centro da mensagem, dos sermões e dos ensinos deste tão importante e diferente apóstolo Paulo, é o Homem de Nazaré e Seus sofrimentos, Sua morte, Sua ressurreição. Há um místico poder persuasivo, no nome Jesus, que conquista, atrai; que transforma. Dissera Ele, Jesus: "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim". Acreditamos que bem cedo em Sua vida, Ele cogneceu, concientizou-se, da missão propiciatória que Lhe estava proposta. O Seu esvaziamento da divindade O enalteceu.

Diz o apóstolo Paulo, na epistola aos Filipenses, no capítulo dois e nos versículos seis a onze: "Porque Ele não teve por usurpação o ser igual a Deus, mas antes, esvaziou-se de Sua divindade, assumindo a forma de servo - doulos - escravo, tornando-se semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a Si mesmo se humilhou até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou soberanamente e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai"

A figura central do cristianismo repousa neste precioso nome: Jesus. Os púlpitos odiernos têm usado, com exacerbada frequência, a figura de heróis da Velha Aliança - V. T. - como tema das suas homilias, sermões, pregações e ensinos. Há uma sistemática preferência em exaltar-se o povo, a nação de Israel na sua história bíblica, sendo que tempo excessivo é gasto neste esforço.

Contudo, Paulo o apóstolo, não se preocupou em fazer uso, em suas mensagens, de tal costume que, diga-se de passagem, deveria fazer parte de seu patriotismo, já que era judeu de nascimento e de fato. O evangelho não seria pregado somente a judeus, em detrimento dos demais povos. O Evangelho é para todas as gentes, para todos os povos. Deus enviou o Seu Filho ao mundo, para que o mundo fosse salvo por Ele. E não somente uma nação.

Grandes líderes do passado bíblico são descritos como sendo importantes no plano de Deus. Todos eles, entretanto - observai a expressão: todos - apontavam, tipificavam um personagem que lhes seria maior em todos os aspetos. O Messias vindouro seria alguém a cujo nome, pessoa, realidade, os demais se curvariam, tal a Sua magnitude, tal a Sua glória, tal o Seu resplendor.

João, também apóstolo, escreveu: "E temos visto a Sua glória, glória como Unigênito (Monogenes - único gerado) do Pai". Ele é o Filho de Deus, gerado pela dinâmica do Espírito Santo, nas entranhas de uma virgem, milagre que nunca mais será repetido. Ele é, no dizer de Paulo, o "segundo Adão", o Adão espiritual representante de toda a raça humana redimida. O Senhor poderoso nas batalhas espirituais. O subjugador das autoridades, hostes e potestades. Está acima de toda Soberania e de todos os Poderes, seja deste século ou de séculos vindouros. Ele é aquele que venceu a morte e o Hadês - região dos mortos, onde eram aprisionados, na Velha Aliança. Ele é o único ressuscitado para não mais morrer. O Deus encarnado. O Senhor dos Senhores e o Rei dos reis.

Só Jesus.

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O Pr., Th. D. Honoris Telogia, D.D., Serafim Isidoro, oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br

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