SETE ANOS SEM INUNDAÇÃO NO RIO NILO

“Em sua pesquisa sobre o Nilo, Roberto Amado conta uma história interessante que mostra a importância do rio para os egípcios. Em um longínquo passado, há cerca de 5 mil anos, os súditos do faraó Zoser, fundador da III Dinastia do Reino Antigo, sofriam com a ausência, já por sete anos seguidos, das enchentes anuais do Nilo. Só com o transbordamento das águas, inundando o solo e enriquecendo-o de nutrientes, poderiam iniciar as plantações.

A situação era insuportável quando Zoser, desesperado, convocou seu braço direito, Imhotep, criador das primeiras pirâmides, para saber onde ficavam as fontes primárias do Nilo.

Amado narra que o faraó pretendia viajar até a nascente do rio para se encontrar com os deuses e suplicar-lhes compaixão para seu povo. Mas Imhotep respondeu que os livros sagrados já lhe haviam dado a solução. Khnum, o deus da primeira catarata, tinha causado tanta fome porque estava zangado, por não terem cuidado de seu templo. Imhotep decidiu invocar Khnum com súplicas, até que o deus cedeu, fazendo retornar as enchentes e terminar a fome crônica.

A história contada por Amado, na verdade está grafada em hieróglifos numa pedra de granito encontrada por um escultor que vivia perto da primeira catarata do Nilo, já na era moderna.” Extrato da publicação A Magia do Egito 2, p. 15, Editora Escala.

Interessante é como o texto do hieróglifo egípcio coincide com o texto de Moisés no Gênesis capítulo 41, versículos de 26 a 54, confirmando a autenticidade da Bíblia. Segundo a narrativa bíblica, Deus teria avisado ao rei sobre sete anos de fartura que pressederiam aos sete anos de miséria, mas o rei a princípio não entendeu o sonho, que foi posteriormente interpretado por José, escravo hebreu, que após dar ao faraó a interpretação do sonho, bem como indicar-lhe a forma como aproveitar os sete anos de fartura para suportar os sete de miséria, tornou-se o segundo em poder no reino do Egito. O braço direito do rei.

Wilson Amaral - Estudante de História na Unisinos e autor dos livros: Os Meninos da Guerra e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos.